Gosto muito de postais que acho bonitos e com um toque de arte. Sempre que posso comprar alguns cá dentro ou lá fora, faço-o com imenso prazer. Não para os colecionar, mas para os oferecer em momentos como aniversários ou outros.
Talvez por isso, oiço muitas vezes: - Mãe, precisava de um postal. E lá vou eu à caixa onde eles vão morando, para sugerir algum ou dar a escolher.
Neste momento, o stock está fraquinho. Oxalá, em breve, a caixa dos postais possa ter mais companhia, sobretudo se eu viajar.
Ora, este fim de semana, embora bastante caseiro, chegou-me este postal que tinha sido comprado em Kioto, no Japão. E mais um bloco e mais uns envelopes - desta vez na vertical. Fiquei encantada com todas as ilustrações, com a combinação de cores - de grande suavidade e ligação à natureza. E pela sugestão de belos silêncios do desenho do templo e da figura concentrada da japonesa.
Até o papel de embrulho era bonito.
E 'delicadeza' logo me surgiu, porque é uma palavra de que também gosto muito, sobretudo de a ver aplicada em tantas coisas do nosso dia a dia - em atitudes em casa ou no trabalho, em pequenos arranjos de espaços, em simples objetos que se produzem, etc.
Mas, atenção, também neste âmbito não sou exemplar. Mesmo assim, penso como seríamos bem mais felizes se houvesse mais delicadeza nas relações humanas e na atenção ao pormenor de muita beleza que nos cerca e que são formas de arte.
Mas também me interrogo se no mundo atual, em que há tanta guerra, tanta destruição, tanta ganância, tanta fome de bens essenciais, esta preocupação tem razão de ser. E ouso dizer que sim. Pode não resolver muita coisa, mas pode evitar que muitas guerras aumentem, porque 'para pior, já basta assim'.
Gosto um imenso desses envelopes e dessas folhas de carta. Os que mostra são mais delicados que alguns que adquiri para embrulhar as palavras que envio a quem gosto. Como saio pouco do país, são mesmo muito reservados. Neste momento guardo e gasto de uma oferta simpática e delicada, de beleza discreta (nada que chegue ao primor oriental que põe em relevo a suavidade do desenho). Mas só a ideia de alguém estar no estrangeiro a pensar no meu gosto me emocionou. E acho sim senhor que a delicadeza tem sempre lugar. Seja onde for. E que muito dissabor se evitava se a usássemos mais. No geral, o que é belo cultiva a fragilidade e pede cuidados delicados. E que seria de nós sem a beleza.
ResponderEliminarBom dia, Bea!
ResponderEliminarÉ caso para dizer, mais palavras para quê? O que diz sobre a delicadeza e necessidade de beleza é o mais importante.
Nos últimos anos, aonde vou mais vezes é a Londres visitar a minha filha e já conheço pelo menos dois lugares com postais que me encantam. Tenho é de andar bastante a pé para lá chegar e nem sempre tenho tempo (com um pouco de preguiça à mistura, se calhar).
Mas como gosto de os trazer para os partilhar mais tarde.
Um abracinho, Bea, e que o dia traga belos momentos.
Belos postais. Uma verdadeira arte, bem bonita e incrível.
ResponderEliminarBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia