Quantos anos beijo ou asa repousarei
o orvalho lindo das tuas faces: as rosas
afirmarás de todas as estações, o caminho
filhos meus ao desígnio das aves encomendo
os indefinidos lugares: só elas sabem como
a pétala mais breve mais alto voa
um halo de amor inexorável chega
para despir os ramos: os frutos colhem-se ao amanhecer
DAVID RODRIGUES, 1988: O que é feito de nós. Viana do Castelo: Límia, p. 27
Mário Cesariny, in Pena Capital
Graça Morais, O canto do Cisne e as Pombinhas da Catrina |
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura.
Obrigada, Isaurinha,
pelo teu postal de
fim desta semana.
São sempre uma satisfação!
pelo teu postal de
fim desta semana.
São sempre uma satisfação!
Muito obrigado, pela parte que me toca.
ResponderEliminarDavid
Obrigada eu.
ResponderEliminarA Isaura já me tinha falado de si e da sua poesia, por isso fiquei contente com a possibilidade de ler um poema seu.
Gostava de consultar o seu blogue. Quer recordar o nome?
Obrigada e continuação de boas escritas
M.