Há dias, vi uma
fotografia recente onde eu estava também num grupo de amigos. Ao vê-la, o pensamento
que tive logo foi: parecemo-nos cada vez
mais com as nossas mães.
Dias antes,
estava a almoçar na cantina e, à mesa, falava-se do frio e chuva pouco esperados
para este mês de junho. Uma colega disse:
- Gosto do
tempo fresco e que chova de vez em quando. E logo acrescentou:
- Pareço a
minha mãe a falar.
Estas
semelhanças com as mães também me ocorrem muitas vezes, mesmo quando de homens
se trata. E não só pelas feições do rosto, mas pelo modo como falam ou agem.
Às vezes, imagino as mães, ao longo da vida, a dizer aos filhos, agora homens:
- Porta-te bem,
vê lá.
Hoje
levantei-me cedo e fui ao quintal apanhar alfaces, enquanto estava tudo
sossegado. E ia pensando: pareço-me cada vez mais com a minha mãe!
Reparei no seguinte: todas as situações em que surge o sentimento de parecença com a mãe me fizeram sentir bem. É como se a procurássemos em nós, nas nossas mãos, nos nossos gestos,nas coisas que dizemos, como quem procura um lugar onde possa parar por um breve minuto e respirar seguras.Apesar de ser um outro modelo, ELA garante-nos a segurança, a sobrevivência e o equilíbrio.Clementina
ResponderEliminarObrigada, Clem. De facto, essas semelhanças, se calhar inevitáveis,também nos ajudam a caminhar em busca de um porto seguro, em altura de tantas inseguranças.
ResponderEliminarUm beijinho
M.