![]() |
Lurdes Castro |
Quando, pela manhã, abri as janelas, entrou em casa a luz do sol - que, felizmente, hoje está desconfinado.
Uma amiga ligou-me e falámos de muitas coisas das nossas vidas quotidianas, de livros que temos partilhado, dos filhos, do Natal que, este ano, será diferente... Que bom termos amigos e podermos falar, aproveitando todos os meios de que dispomos.
Outra amiga enviou-me um poema que escreveu (vou partilhá-lo aqui um dia destes). Li-o e reli-o, como faço quando gosto muito de um texto. E que bom haver poemas, músicas, blogues, livros, pessoas de quem gostamos...
Liguei para a Bertrand para encomendar um livro para a Clarinha. Um livro em português com ilustrações de meninos portugueses para que, em Londres, ela veja palavras portuguesas, desenhos portugueses, para além das palavras em português que ouve diariamente da mãe. Não, perto ou à distância, o amor não está confinado. E, felizmente, há o skype, o facetime... Não é a mesma coisa, mas é alguma coisa.
Aproxima-se mais uma tarde de confinamento. Que todos, independentemente da idade mais ou menos avançada, possamos aceder a coisas simples e boas que, felizmente, não estão confinadas.