terça-feira, 25 de agosto de 2020

Também era agosto


 Paul Cézanne

Há uns anos, visitámos a Provença - La Provence Côte d'Azur - de alguns sonhos e de muitas imagens anteriores.

Era verão e passámos pelos campos de lavanda, mas já não estavam floridos, para pena dos meus olhos.

Vimos os campos de girassóis, mas com as flores tombadas de maduras. Mesmo assim, não deixavam de ser os vastos campos de girassóis que eu desejava ver ao vivo.

Em Aix-en-Provence, comprei duas toalhas - uma com raminhos azuis de lavanda, outra com girassóis. Não me digam que as toalhas não guardam histórias. Quando as vejo ou uso, vêm-me logo à memória muitos momentos dessa viagem. 

Nessa cidade, visitámos o atelier do pintor pós-impressionista  Paul Cézanne (Aix-en-Provence 1839/1906). Não podíamos perder essa oportunidade. Havia um vento agreste, sem perturbar a  luminosa manhã de agosto. 

O atelier mantinha, em natural desalinho, as prateleiras onde o pintor dispunha os frutos e objetos que serviam de modelo para as suas naturezas-mortas.

Paul Cézanne

E foi-nos dito que, de manhã cedo, o pintor costumava percorrer longos caminhos a pé, carregando com os materiais de que precisava, para pintar as paisagens envolventes.

Paul Cézanne

Gostava de voltar um dia àquela região. Também para ver os campos azuis de lavanda florida. Talvez num mês de julho. A gosto.

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