quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Há muito que não ouvia essa palavra

Hoje fui à feira de Gondomar com uma amiga. Já não me lembrava de ir à feira. De ir com máscara é que não me podia lembrar. 

E apreciei a capacidade de os feirantes ouvirem não sei quantas questões dos clientes quase ao mesmo tempo e também responderem quase em simultâneo. 

Uma vendedeira contou até uma peripécia da mãe que, tendo ficado viúva, não tirava um lenço preto da cabeça, nem mesmo em consulta no hospital.

Depois de olharmos todas aquelas cores e feitios aos olhos de todos expostos, entrámos numa barraca de tecidos, comandada por duas vendedeiras muito comunicativas e expeditas.

Uma delas, falando de um tecido que nos chamou à atenção, exclamou:

- É muito fidalguinho.

E recuei no tempo em que ouvia essa palavra com frequência. A mesma vendedeira, com boa tática de marketing, disse que se lembrava das clientes.

Na despedida, a amiga com quem eu estava, e que é muito bem disposta, disse:

- Se quiseres, vamos outra vez à feira comprar tecidos na próxima semana. A vendedeira até já me conhece e, para além disso, também sou fidalguinha!


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