Tenho vários presépios. Uns comprados, outros oferecidos.
Dias antes do Natal, ponho alguns lado a lado, por cima da lareira. É assim há bastantes anos.
Impossível não avivar memórias. O presépio que veio de África e que foi feito, pela primeira vez, por um artesão.
O presépio mexicano, cheio de cores, que foi oferecido por uma amiga de há muitos anos.
Os presépios pequeninos com tantas habilidades e materiais concentrados.
E fixo-me no presépio, pequeno e simples, que comprei na Provença, os santons de Provence, numa viagem a essa região, num verão especial, há dezena e meia de verões.
Todos os anos, no inverno, tiro-os das caixas e volto a arrumá-las com os papéis protetores das figurinhas que quero conservar.
Alguns dos presépios mantêm-se nalguns lugares, fora das caixas, durante o ano. De vez em quando, mudo-os. Algumas memórias é que não se alteram. Vão-se juntando outras, felizmente. Tal como alguns objetos que se vão encontrando. Como as pequenas árvores de cartão que encontrei num montinho de coisas à espera de arrumação, numa tarde em que o tempo e o sossego me ajudaram a chegar aos pormenores.
Coloquei-as atrás dos santons e logo pensei: talvez a Clarinha goste! Se as memórias que ela construir, também dos presépios, forem boas, tanto melhor. E as caixinhas lá ficarão, ganhando ainda mais sentido.
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