terça-feira, 3 de outubro de 2017

Quem é o pai? Ou a falta das aspas.

Nos últimos dias, tenho visto e ouvido vários debates acerca das eleições autárquicas: dos partidos que saíram vencedores, perdedores ou de "resultados modestos" e verifiquei com mais nitidez que há argumentos que são apresentados por um determinado comentador ou político e são repetidos vezes sem conta por outros intervenientes, como se fossem eles os autores.
Por exemplo, ouvi o comentador e ex-político José Miguel Júdice a argumentar sobre o descalabro do PSD nestas eleições, cujas razões o tinham também afastado do partido, e, posteriormente, vi algumas dessas ideias apresentadas a papel químico por outros colunistas.
Com certeza que seria difícil inovar e como os argumentos eram bons, havia que aproveitá-los.
Como sempre disse aos meus alunos que se devem citar as fontes, isso faz-me alguma confusão.
Mas como se trata de discurso oral, as aspas também não dariam jeito nenhum e muito menos aquele sinal que muitas vezes se faz com os dedos indicadores. E ainda menos citar comentadores da concorrência.
Se assim fosse, o gesto das aspas sairia mais vencedor do que o sinal de vitória de alguns candidatos.

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