Levantou-se cedo e logo abriu a janela do quarto, como de costume. Mas o costume era, nesse momento, ver a claridade do dia. Hoje, as luzes lá fora ainda eram noturnas. Eram sete da manhã.
E reparou melhor, então, que a casa também tinha um acordar próprio. As poucas luzes que ela ia acendendo eram o abrir, aos poucos, dos olhos da casa. Assim como uma janela ou uma porta.
E o silêncio era também maior. Tanto dentro de casa como na rua.
A manhã estava fresca e ainda não se ouviam vozes das pessoas a passar. E ela, que prefere sempre a luz do dia, sentia o prazer calmo do momento. Talvez porque a noite era quase dia com o céu quase a acender-se também.
E a casa já cheirava a café e a torradas.
E a casa já cheirava a café e a torradas.
Nestes momentos, não se sabe o que o dia vai trazer. Mas ver a casa tranquila a amanhecer talvez seja um bom prenúncio. Se não for, já se construiu e viveu um bom momento.
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