Há dias, fui a uma farmácia aonde não costumo ir e que fica num Centro Comercial do Porto. Quando entreguei a receita à farmacéutica, bastante jovem, ela fez-me uma pergunta: Chama-se Maria?
Eu disse que sim, estranhando momentaneamente a questão. Ora, a razão da pergunta seria a de facilitar as perguntas seguintes que me iria fazer:
- A Maria quer genérico?
- A Maria tem cremes hidratantes em casa?
- A Maria quer número de contribuinte?
...
Não deixei de achar graça à forma de tratamento, porque não é usual, sobretudo antecedida pela pergunta do primeiro nome e sendo eu de uma geração muito mais antiga. Seria mais comum dizer 'a senhora' e ainda bem mais habitual, na região, dizer 'você', palavra que sempre começamos por bê e que nem sempre cai bem. E não é só pela troca do vê pelo bê, mas porque o 'você' implica outra proximidade.
Ah, para além da forma de tratamento que usou e que fixei, também não esqueci o conselho que me deu e que tenho posto em prática e com sucesso:
- Se a Maria tem creme Nivea em casa, use-o para hidratar as mãos.
Para a próxima, volto lá.
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