quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Chama-se Maria?

 

Há dias, fui a uma farmácia aonde não costumo ir e que fica num Centro Comercial do Porto. Quando entreguei a receita à farmacéutica, bastante jovem, ela fez-me uma pergunta: Chama-se Maria?

Eu disse que sim, estranhando momentaneamente a questão. Ora, a razão da pergunta seria a de facilitar as perguntas seguintes que me iria fazer:

- A Maria quer genérico?

- A Maria tem cremes hidratantes em casa?

- A Maria quer número de contribuinte?

...

Não deixei de achar graça à forma de tratamento, porque não é usual, sobretudo antecedida pela pergunta do primeiro nome e sendo eu de uma geração muito mais antiga. Seria mais comum dizer 'a senhora' e ainda bem mais habitual, na região, dizer 'você', palavra que sempre começamos por bê e que nem sempre cai bem. E não é só pela troca do vê pelo bê, mas porque o 'você' implica outra proximidade.

Ah, para além da forma de tratamento que usou e que fixei, também não esqueci o conselho que me deu e que tenho posto em prática e com sucesso:

- Se a Maria tem creme Nivea em casa, use-o para hidratar as mãos.

Para a próxima, volto lá.


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