Terminei assim o último post:
'Porém, nem tudo o que lá se passa (rua da Alegria) dá alegria, mas deixo isso para outra viagem'.
Então aqui vai o que hoje me surgiu. A viagem foi só pelas palavras para falar de uma peripécia que, por acaso, aconteceu e agora surgiu em verso.
Um senhor arrogante Tinha um restaurante E como se sentia mais e mais Ser arrogante Não lhe bastava
Por isso também era vaidoso Já que tinha muito e muito lhe sobrava Ele tinha uma preferência Pelas pessoas de referência Ou por quem aparecia Nos jornais ou televisão Ainda que dos primeiros Só costumasse ler os títulos E frente à outra adormecia No sofá bonacheirão A sua preferência recaía
Sobre executivos como clientes Famílias só as suas conhecidas E mesas só de mulheres Faziam-no ranger os dentes Acha que pouco sabem E nem um vinho caro escolhem Do que gosta e lhe dá lucro É mesma a mesa de homem E como se habituou À conversa masculina Mesmo a mais corriqueira Vendo um dia uma mesa no feminino Comentou com altivez Que é classe cabeleireira Pensando não ser ouvido
Sempre altivo e convencido Eis que uma das comensais Ouve o fraco comentário Do tal arrogante sujeito Que pensa ser o mais forte Até mesmo do que a morte
Fugindo com o rabo à seringa Ele cala-se que nem petinga E fixa quem lá dentro o ajuda Com uma fúria confusa De quem não respeita os demais
Mostrando que é um pequeno sinal menos
Mesmo que ele pense que é um grande sinal mais!
Muito giro!
ResponderEliminarE quem é esse senhor? Pode-se dizer?...
Desculpe, Isabel, custa-me dizer. É o senhor (não o mais velho) de um restaurante da rua da Alegria, no Porto.
ResponderEliminarBeijinhos, Isabel
Quando perguntei até pensei que fosse alguém ligado à televisão...nem sei porquê. Mas depois, quando li o post anterior, percebi.
ResponderEliminarÉ a tal mania de tirar conclusões pelas aparências!
Quem não o faz, Isabel? Tantas vezes me acontece.
ResponderEliminarNão, o senhor é conhecido no restaurante que também é muito conhecido na rua da Alegria e no Porto.