sábado, 14 de outubro de 2023

E Lisboa não tão perto

 

Para avós que moram junto ao Porto, muitas vezes Lisboa fica longe. Muito longe.  Trezentos km para lá, outros tantos para cá, demora tempo e de correrias está o passado cheio.

Pois bem, três avós amigas foram a Lisboa dois dias. Uma boa escapadinha da rotina diária onde também cabe a cozinha.

De Campanhã ao Oriente, logo de manhã muito cedinho, no calmo comboio intercidades,  houve tempo para pôr em dia muito do nosso dia a dia. 

À chegada, que bom tomar um café num bonito Café do Vasco da Gama. E o pousar das malas no hotel e o entrar no programa já pensado: Palácio da Ajuda, MAAT e um concerto. Nem tudo cumprido, o que não é mau, quando o tempo passa com luz boa e boa disposição.

E houve também conversas imprevistas no táxi, conduzido por jovens brasileiros; no pequeno restaurante de Belém, cujo empregado lisboeta tinha a tatuagem de um dragão; o saborear do pastel - a que pouca gente resiste - num dos bancos à beira Tejo; as selfies sorridentes - não estivéssemos nós perto do Palácio Cor de Rosa!

Quanto ao Palácio da Ajuda, merece uma visita e não só as belas Joias da Coroa. É pena não haver táxis nem autocarros ali por perto. No largo (que poderia estar mais bem tratado) em frente ao belíssimo palácio, havia roupa a secar numa corda levantada por um simples pau, num toque curioso de aldeia.

Um pormenor da sala do trono no Palácio da Ajuda

E o descer até Belém, com o largo rio ao fundo, ajuda a ver  muito do trabalho que muita gente faz para que também muita gente se sinta mais feliz.

 

O anel de noivado de Joana Vasconcelos, no exterior do MAAT


 

Partilho um bocadinho do espetáculo de Hauser. Cantou-se, dançou-se, saiu-se de lá a sorrir, o que em tempo de tantas guerras também é importante.

Lince de Bordalo 2

E, depois de uma caminhada matinal, entrada na linha 5 na estação do Oriente (os painéis das linhas e horários estavam avariados e foi difícil obter informação!) para regresso ao Porto. É bem certo o lugar comum: cansadas mas felizes.

E foi também muito bom ler em mensagem de partilha de fotos: Mãe, tens de fazer isto mais vezes. 

Sim, o bom conselho vai ser seguido.

 

Daí a umas três horas, víamos o rio Douro e a belíssima imagem do casario que já avistámos milhares de vezes e que achámos sempre bela.

E o Porto (de novo) aqui tão perto.


 

4 comentários:

  1. Olá, boa tarde!
    Maravilha talvez pequena, mas não deixa de ser boa.
    Bom fim de semana!

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  2. Ai que bom programa! Quem me dera fazer parte dele...
    Há uns anos, de vez em quando ía ao Vasco da Gama, ía e vinha no mesmo dia, mas depois a falta de tempo não mo permitiu. Agora já posso voltar a fazê-lo. Sabe bem um dia diferente, para quem passa semanas, meses, anos...a trabalhar, e tem poucas oportunidades de sair.
    Beijinhos:))

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  3. E que bom seria, Isabel!
    Sim, soube muito bem, porque o tempo parece sempre pouco para as coisas mais necessárias e urgentes.
    São pequenos prazeres que nos dão alento, mostrando que, felizmente, ainda há coisas bonitas perto e longe de nós.
    Beijinhos

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