segunda-feira, 1 de maio de 2023

Também ela pode ser uma arma?

 

Hoje, feriado nacional, dei-me ao luxo de me levantar mais tarde e, como tinha tempo e gosto de ouvir podcasts, ouvi dois logo ao começo da manhã.

Old Friends, com Júlio Machado Vaz e J. Sobrinho Simões - 'Late bloomers: a florescência das pessoas que se revelam mais tarde do que seria habitual'.

Muito interessante sobre o envelhecimento ativo. Com o passar da idade, pode-se ir desabrochando de diferentes formas, como mostram alguns exemplos.

PBX com Inês Maria de Menezes e Pedro Mexia - 'A cantiga ainda é uma arma: a doçura punk de Billy Bragg'

 

 

Eu não conhecia este cantautor, de 65 anos e nascido no Reino Unido. Nas suas canções, protesta contra vícios, por exemplo, do poder; defende direitos humanos, etc. 

Cada um à sua maneira, o mesmo fizeram e continuam a fazer muitos autores portugueses, como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Ary dos Santos, Sérgio Godinho e tantos outros que ajudaram a acender luzes num país triste e isolado em que quase todos viveram às escuras durante quase meio século.

As pessoas que escrevem as canções, as que as cantam, as que tocam, as que nelas trabalham também fizeram e vão fazendo delas uma arma, não das armas que matam, mas das que ajudam a construir um mundo melhor. Tão necessário, num tempo em que tudo tem a ver com tudo, mas acontecem tantos desligamentos, mentiras, ganâncias  e consequentes solidões em todas as idades. O legítimo desabrochar de todos tem de ir acontecendo.

Tenhamos esperança. Será que também ela pode ser uma arma?

Bom 1º de Maio de 2023.

 

 

 

6 comentários:

  1. * Trova do vento que passa*

    Uma música intemporal, revolucionária, cheia de sentimento, esperança de uma vida melhor. Interpretada por um grande interprete. Sem dúvida que as canções/musicas podem ser uma "arma" contra os poderes instalados, maus, infiéis, para com o povo de um País. Gostei muito do blogue. Fiquei fâ

    Um 1º de Maio (feriado) em Paz e Amor
    Abraço

    Poema de hoje:- Foi Sonho ou Feitiço?
    */*

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  2. Concordo na íntegra com todo o teor do texto. Adoro ouvir a música Trova do Vento que passa.
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    Feliz dia de feriado, dia do trabalhador
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
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  3. Se a esperança é uma arma, deixe que lhe diga, cara Mª Dolores, a minha arma está a ficar cada dia mais esfarrapada.
    E, hoje, até me levantei mais cedo, determinada a dar andamento a uma série de trabalhos que tenho andado a adiar.
    Quanto aos podcasts que refere nunca ouvi, mas conheço as pessoas que menciona. Da família Sobrinho Simões, adoro ouvir o pai. Cientista que diz não o ser, é de uma simplicidade encantadora.
    Deixo um beijinho com votos de uma boa semana.


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  4. Tem bom gosto a Maria Dolores :). Também gosto do quarteto de Old friends que costumo ouvir enquanto as mãos se distraem em qualquer coisa. Conjugam lindamente. Bom, vivemos a adultícia a ouvir Júlio Machado Vaz, o marido da minha amiga maior, mal o programa começa, logo lhe diz, olha o teu amigo está a falar; e o meu herói continua sendo Sobrinho Simões. Portanto... Do outro programa nada sabia, mas sou fã da voz de Inês Meneses, do riso solto e da forma como conduz os programas. Lembro-me de ouvir uma rádio qualquer - a Radar, ocorreu-me agora - onde lia uns textos que suponho seus e de que eu gostava. Acho que vou ouvir esse programa - bastar-me-ia o Pedro Mexia que considero um pensador-poeta do melhor que temos em Portugal neste momento. Encanta-me ouvi-lo. Tendo a Inês, é valor acrescentado.
    E olhe Maria Dolores, não acrescento, que isto vai longo. Mas A Trova do Vento que Passa, na voz do Adriano...comove-me. Acho que sou essa canção, vivo no vento que passa, a resistir não sei bem a quê nem com que propósito.

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  5. Gostei da publicação. Obrigada :))
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    Coisas de uma Vida
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    Beijos e uma boa semana.

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  6. Belas escolhas para assinalar uma data muito importante 👏😘

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