sábado, 5 de setembro de 2015

Nada lá é estranho

Em Shoreditch, tudo parece normal e aceitável: cabelos às cores, roupas exóticas, olhos pintados de mais escuro do que os próprios lápis...
As lojas de artigos vintage são numerosas e as de novo design também. Todas atraem pela criativa simplicidade e tratamento informal de quem lá trabalha ou de quem lá entra.
Os pequenos cafés são bocadinhos sentados de repouso tranquilo e feliz. Nem que, mesmo ao nosso lado, haja pessoas a falar alto e à vontade.
No café "brick lane coffee", num sofá, estava sentado um par de jovens com traços japoneses. Faziam lembrar protagonistas de um belo filme quase silencioso. Quando saíram, apesar de não estar frio, ela enrolou os ombros numa manta às riscas e. muito magros, afastaram~se nas suas figuras frágeis de fortes amantes.
Mais adiante, noutra rua, outro café: "Close-up café". Na montra, onde se viam diferentes fotos de diferentes atores, anunciavam-se sessões de cinema no próprio café.
Porém, Shroreditch, pelos vistos, já esteve mais na moda do que está hoje, mas continua a atrair pela criatividade e pela afirmação dos direitos que todos têm de, pacificamente, interagirem, revelando que nada lá é estranho.


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