sábado, 28 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Diário de Mariana - Voltei!
Almeida Júnior |
Querido diário,
A tia Clarinha disse-me há dias:
"Então, Mariana, guardaste o teu diário? Estás de castigo e a tua mãe não
te dá espaço?"
Devo dizer que até corei, porque
me lembrei do raspanete que ouvi da minha mãe por não ter tido melhores notas.
Até nem foram más, mas as mães têm a mania que temos de ser os melhores. Eu, no
fundo, até nem me importava nada de ter notas tipo 18. Do que eu não gosto nada
é quando me dizem: "A Mariana é tão simpática". E não falam de outras
qualidades. Parece que existo só por fora. Tenho de me controlar para não me
passar. Eu tenho algum stress, mas como sorrio com frequência,
ninguém liga ou dizem-me logo: "Isso passa, Mariana!". Fogo!
Por falar em stress, eu disse à
minha mãe que gostava de ter um coração anti-stress, porque a Bia e muitos
colegas também têm e assim ficam mais calmos nas aulas. A minha mãe olhou para
mim e disse-me que era ela que estava a ficar com stress e que lhe caía o
coração aos pés se eu continuasse. E ainda veio com ameaças: "E se souber
pela tua diretora de turma que estás a fazer outras coisas na aula, a
gente conversa".
Quando a minha mãe diz "a
gente depois conversa", já sei que vai haver ralhete, mas por
acaso não é por isso que não tenho escrito o diário. Eu vou dizer, embora me
custe: no fundo, sou um bocadinho preguiçosa. Estou sempre ocupada, mas ficam
sempre coisas por fazer, por acabar e isso... Portanto, se calhar, tenho um
bocadinho de preguicite aguda.
A Bia consegue ter tudo em dia,
mas anda sempre com o coração anti-stress no bolso! A minha mãe diz-me
sempre: "Vês, a Bia consegue subir as notas cada vez mais!"
Não acho bem estas comparações, apesar dela (ou de ela? Nem sei, acho que na próxima aula, vou perguntar à setora de português) ser a minha melhor amiga. Cada qual é como é e cada um tem o seu valor.
Não acho bem estas comparações, apesar dela (ou de ela? Nem sei, acho que na próxima aula, vou perguntar à setora de português) ser a minha melhor amiga. Cada qual é como é e cada um tem o seu valor.
Obrigada, tia Clarinha, por me
ter dado a dica. Vou tentar organizar-me um bocadinho melhor para continuar o
meu diário. Prometo (esta palavra fez-me lembrar os atos de fala que estudámos há pouco). Com coração e sem stress. Ok?
Abracinhos
Mariana
PS - Já não vejo o Gi há uns tempos, mas não me apetece falar do assunto agora.
Pode ser que na próxima "conversa" já me tenha passado a onda. Será?
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
O raminho de violetas
Um post revisitado
Diante de mim, estava um raminho de
violetas. Olhei-as, peguei nelas, senti-lhes o perfume e, enquanto
as punha na água, revi imagens passadas.
Em ruas do Porto, perto do mercado do
Bolhão, havia vendedeiras de violetas. As belas flores miudinhas estavam em pequenas
cestas, arrumadas em raminhos, e atraíam os transeuntes, sobretudo os namorados.
Lembro-me que também as recebi. Quero crer que foi por amor.
domingo, 22 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Depus a máscara
Depus a máscara e vi-me ao espelho. —
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sem a máscara.
E volto à personalidade como a um términus de linha.
Álvaro de Campos (Heterónimo de Fernando Pessoa) in Poemas,
Máscaras de Lazarim
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sem a máscara.
E volto à personalidade como a um términus de linha.
Álvaro de Campos (Heterónimo de Fernando Pessoa) in Poemas,
Máscaras de Lazarim
domingo, 15 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
(Im)Perfeições do Amor
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