Comprei, há muitos anos, numa loja de produtos da América do sul, perto do Louvre, em Paris, uma pequena galinha de loiça.
Sempre que olho para aquele objeto, lembro-me da pronúncia da vendedora: la pula du bonharrrre.
Eu estava com a minha irmã e ambas ficámos seduzidas pela pronúncia e pelo modo carinhoso de vender. Parecia que se trouxéssemos aquela pequena galinha branca de crista vermelha e cauda em leque, também traríamos felicidade naquele embrulhinho bem seguro para que em viagem nada se partisse.
A galinha continua intacta. O que vai mudando é o conceito de felicidade. Muitos objetos são importantes mas, por si só, não conseguem resgatá-la, embora convoquem momentos felizes, o que é muito importante. Como la poule du bonheur.
Sem comentários:
Enviar um comentário