quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Quem não a procura?

 

Postal enviado pelo Clube das Histórias

Júlio Rezende (Porto 1917 - Gondomar 2011)

 "Bem-aventurado o que pressentiu
quando a manhã começou:
não vai ser diferente da noite.
Prolongados permanecerão o corpo sem pouso,
o pensamento dividido entre deitar-se primeiro
à esquerda ou à direita
e mesmo assim anunciou o paciente ao meio-dia:
algumas horas e já anoitece, o mormaço abranda,
um vento bom entra nessa janela".

Adélia Prado
(Nasceu em Divinópolis, Brasil, em 1935)

2 comentários:

  1. Não conhecia este poema (já ouvi falar da autora, mas não me lembro se já li mais algo dela). Gostei.

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  2. Conheço mal A.P., mas do que conheço gosto muito.
    Um beijinho

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