Ó meu rico S. João
Ó meu rico S. Joãozinho
Dá a todos saúde e amor
Sem esquecer o dinheirinho
És um alegre santo
E mesmo assim és muito rico
Porque espalhas alegria
Com perfume a manjerico
É regar e pôr ao luar
Diz o povo e com razão
O manjerico aquece os sentidos
Como a sardinha faz ao pão
As crianças olham alegres
Para os balões a subir
Olham para a sua luz
Sem pensar que vão cair
Ó meu rico S. João
Eu não sei o que dizer
O país anda prà frente
Ou está a retroceder?
A erva cidreira espera
Ir dançar no bailarico
Também sabe fazer festas
Não é só o manjerico
A Troika trocou as voltas
E tantas trocas (des)fez
Os que só recebem trocos
Decidem partir de vez
Eu gosto do S. João
E da festa que ele traz
Parece muito inocente
Mas é crítico e mordaz
|
Aquele balão vai subindo
Parece ter asas e voar
Mas a lua vai pensando
Que a si não pode chegar
O martelinho bate bate
E dá cor a muitas ruas
E quem com ele bate
Também vai fazendo das suas
A sardinha assada na brasa
No S. João não pode faltar
Saborosa e gordinha
Põe-se na broa a pingar
Ó meu rico S. João
Andamos desanimados
Traz-nos mais animação
Mas sem salários cortados
Vou-te fazer uma pergunta
Ó meu rico S. João
Se aqui manda Portugal
Ou se é o governo alemão
Se eu te soubesse dizer
O que da alma me não sai
Ó meu rico S. João
Até darias um ai
Nas ruas do Porto a folia
Começa cedo a crescer
E só quando nasce o dia
É que começa a morrer
Andam dúvidas nos portugueses
Mais do que balões no ar
Se é mentira ou verdade
O que se ouve jurar
|
sábado, 21 de junho de 2014
Para bandeirinhas de S. João (?)
sexta-feira, 20 de junho de 2014
S. João, pois então!
O Porto
cheirava a S. João
Ontem
mesmo pela noitinha
E na
praça da Batalha
Já não
faltava tendinha
E havia
nas varandas
Muita
bandeirinha colorida
Cenário
de sardinha assada
No pão
a pingar de bem nutrida
O visor
da farmácia
23
graus apontava
Se de
junho o dia fosse 23
Já
muita gente dançava
E no
Teatro ao lado
Também
de nome S. João
Viu-se
a peça O regresso a casa
Com
Perry de nome próprio João
Questões
de género e poder
Sobem a
este Teatro restaurado
Peça
escrita por Harold Pinter
E por Jorge
de Silva Melo encenada
Cá
fora, o regresso aos cheiros
Mostrava
o sabor da variação
São
muitos os palcos da vida
Mas que
nunca falte o da festa de S. João
E um
vaso de manjerico
Eu hoje
quero comprar
O
género é em perfume muito rico
E o
poder vem da água e do luar!
terça-feira, 17 de junho de 2014
The day after
Hoje, 17 de junho, dou comigo a (re)pensar no ano
letivo, que está a terminar.
Como sou um ser comum, ocorrem-me palavras comuns: parece que foi ontem que começou e já
estamos no fim.
Turmas que eu não conhecia, uma outra que já trazia do 10º ano. Esta última com exame
do 12º ano. Amanhã. Meninos, atenção aos argumentos. E aos exemplos.
Apresentem-nos com objetividade e clareza. Não escrevam nas margens. A letra
deve ser legível. Não se esqueçam de dividir o texto argumentativo em
parágrafos. A estrutura também conta. Não escrevam frases demasiado longas,
perdem a coesão. Aproveitem o tempo. Deem o máximo. Têm dúvidas?... Ficarei
muito feliz se tiverem bons resultados. E vocês também, é claro. E os vossos
pais. Não venham para o exame sem tomar o pequeno-almoço…
As turmas do 10º ano: tão diferentes. E tão iguais
na alegria, nos sonhos, no entusiasmo: Ai que fixe, setora, irmos ao Parque dos Poetas. E solidários, quando tantas
vezes parecem esquecidos os valores: ó setora,
estamos consigo.
As idas frequentes ao hospital para estar contigo.
Para te dar algumas refeições. Para saberes que estava sempre contigo e que
compreendia as tuas dores. Para além de termos nascido do ventre da nossa mãe,
tínhamos gostos comuns: sobre livros, sobre lugares, sobre filmes, sobre
políticos, sobre o clube de futebol…
Estava contigo quando o fio da vida se foi apoucando
até se romper. Foi numa tarde de maio, havia muita luz lá fora e, de repente, o
tempo ficou quieto pela inquietude de tantos porquês.
O livro de contos que vi amadurecer. Como planta que
se semeia e, sempre acompanhada, ajudamos a dar frutos. Histórias com um livro dentro foi uma das meninas dos olhos da nossa
Oficina de Língua da ESG, porque reúne contos de alunos, professores,
funcionários e encarregados de educação. E desenhos de meninos do 7º ano. E
muita colaboração. E muito brilhozinho
nos olhos.
Nos últimos dias, as reuniões de avaliação. Estarei
a ser justa? Estarei a ajudar a abrir caminhos para que cada aluno se vá
desenvolvendo como um ser humano feliz e útil à sociedade?
E já hoje é outro dia.
domingo, 15 de junho de 2014
Há pouco
... vi, no Porto Canal, Ana Capicua (não conhecia) a ser entrevistada por Valter Hugo Mãe.
É autora de letras, de músicas e de muito mais.
Falaram do último CD. dela. Procurei-o na net e, como gostei, partilho-o aqui e agora.
É autora de letras, de músicas e de muito mais.
Falaram do último CD. dela. Procurei-o na net e, como gostei, partilho-o aqui e agora.
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