sexta-feira, 19 de outubro de 2018
Resende - no Porto e em Gondomar (para além de tantos outros lugares)
De vez em quando, visito a Fundação Júlio Resende, em Gramido, Gondomar.
Vale a pena lá ir. Para além de a Fundação promover muitas iniciativas, há sempre uma exposição de trabalhos do Mestre Júlio Resende e outra temporária de diferentes autores.
E há luz e há silêncio e há música de fundo a tocar suave e há simpatia na receção e há um cafezinho no bar e há objetos à venda com desenhos do pintor...
Fica muito perto do rio, de várias esplanadas, de um passadiço muito agradável onde se pode queimar calorias e mergulhar os olhos na paisagem.
Um dia, há alguns anos, visitei com alunos a Fundação Júlio Resende. Tal como fazia com frequência, o Mestre veio receber-nos falando com tal simpatia e sentido da Vida que, julgo, não terá sido em vão.
Pena é que muitos Gondomarenses não conheçam a Fundação Júlio Resende.
Às vezes, estas coisas demoram.
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
sábado, 13 de outubro de 2018
Lar (pouco) doce lar!
Ouvi, há poucos dias, este diálogo/monólogo.
Foi num pequeno café.
- A sopa soube-me bem. Estava bem feitinha. Foi feita com amor, de certeza. A cozinheira do lar devia fazer formação. É deslavada a sopa dela. Desconfio que acrescenta água para a fazer render.
Ontem, quando soube que ia ser bacalhau com natas, fiquei toda contente, mas quando o vi, perdi o apetite. As natas pareciam cruas de tão esbranquiçadas. Resolvi dizer que não me apetecia para não parecer esquisita e ser criticada.
Sabe como é!!! E muitas vezes fico farta de ouvir queixumes dos meus companheiros. Tudo é triste, tudo está mal, tudo dói...
Sim, pelo que vejo, estou muito bem.
Não pareço que tenho 94 anos? Olhe que já os fiz. E ainda faço renda. Agora ando a consertar uma toalha do lar. Parecia roída dos ratos.
Mas tenho uma companheira que tem razão em queixar-se. Levaram-na para lá ao engano. Disseram-lhe que era só um fim de semana e nunca mais lá foram. Não se faz. Merecia que lhe fizessem o mesmo.
É assim. E não gosto de problemas. Passo muito tempo sozinha no meu quarto. Gosto de ouvir música e ver concursos com perguntas de cultura geral. A ver se ainda me lembro.
Sou muito feliz por ser autónoma. Poupei sempre ao longo da minha vida pra não ser pesada aos filhos.
O lar tem um jardim. Não é muito grande, mas tem flores e duas árvores bonitas.
Vou lá todos os dias. Às vezes, apanho uma flor e ponho-a na jarrinha do meu quarto.
Na minha casa, sempre tive flores nos canteiros.
Cheguei a dizer ao meu filho que gostava de levar um para o lar. Podia tratar dele e estava entretida. Não respondeu e fiquei sem saber se me ouviu.
Vou telefonar ao meu neto mais novo se me quer ir visitar. Há tanto tempo que não os vejo.
Fez-me tão bem ter saído hoje por um bocadinho.
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Sim, concordo!
Enviado por MM www.faroldasletras.pt
E acrescenta:
"Este quadro devia estar à entrada de todas as escolas!"
E acrescenta:
"Este quadro devia estar à entrada de todas as escolas!"
terça-feira, 9 de outubro de 2018
domingo, 7 de outubro de 2018
Viajar pela imagem de viajante
Perito Moreno - Argentina
Torres de Paine - Chile
Obrigada, F, pelas belas fotos. Desfruta da bela Natureza.
sexta-feira, 5 de outubro de 2018
Nobel da Paz 2018 - Contra a violência sexual
Denis Mukwege e Nadia Murad foram vencedores do Nobel 2018 |
Foto: Vincent Kessler e Lucas Jackson/Arquivo Reuters
"A ex-escrava sexual do grupo extremista Estado Islâmico Nadia Murad e
o médico ginecologista Denis Mukwege ganharam o Prêmio Nobel da Paz
2018 por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como
arma de guerra e conflito armado. O anúncio dos vencedores foi feito na
manhã desta sexta-feira (5), em Oslo, na Noruega.
Denis Mukwege,
de 63 anos, passou grande parte de sua vida adulta ajudando as vítimas
de violência sexual na República Democrática do Congo, na África, e
lutando por seus direitos. Ele e sua equipe trataram cerca de 30 mil
vítimas desses ataques, desenvolvendo grande experiência no tratamento
de lesões sexuais graves."
In https://www.geledes.org.br/nobel-da-paz-2018-vai-para-ativistas-que-lutam-contra-violencia-sexual/Em dia em que a Educação sai mais à rua!
Ontem, recuperei um texto de 2011, hoje, partilho outro texto de 2013.
Prefiro, sem dúvida, posts sem azedume, mas se até a amêndoa amarga é natural!!
Oxalá os problemas atuais ligados sobretudo
à contagem do tempo de serviço docente se resolvam quanto antes,
porque é nocivo tanto cansaço em Educação.
Dr MST, are you a clown?
Dr MST, leio, habitualmente, as suas
crónicas no Expresso. A minha opinião em nada lhe poderá interessar, mas, mesmo
assim, quero dizer-lhe que aprecio as suas crónicas e os seus comentários na
televisão. Também li dois dos seus livros: Equador e No teu deserto.
Gostei muito.
No que diz respeito aos professores,
acho que você (desculpe não dizer DR, mas você utiliza muito esta forma de
tratamento e se a usa é porque está correta) deve ter um problema muito mal
resolvido. Claro que todos têm coisas mal resolvidas, mas quando digo “todos”
refiro-me aos comuns mortais, coisa demasiado pequenina para quem tão grande
ego tem.
Na crónica “Os novos tempos”, do
Expresso de 15 de junho 2013, você elogia a sua professora primária, a D.
Constança, e boas razões tem para tal:
“Éramos uns 80 alunos, da 1ª à 4ª
classe, todos juntos na mesma e única sala de aula da escola”;
“A escola não tinha um vigilante, um
porteiro, uma secretária administrativa. Ninguém mais do que a D. Constança…”
E não era preguiçosa nem mariquinhas:
“Se porventura adoecesse, ou se na
aldeia houvesse, que não havia, um médico disposto a passar-lhe uma baixa
psicológica ou outra qualquer quando não lhe apetecesse ir trabalhar, as 80
crianças da aldeia em idade escolar ficavam sem escola”.
Dr MST, não duvido das suas palavras,
mas estariam realmente as 80 crianças na mesma sala? Ou então eram todas tão
magrinhas, devido à miséria da época, que ocupavam pouco espaço. Não me diga
que você tinha um lugar melhor, como acontecia nesse tempo! Se assim foi, então
não vale!
Não duvido de nenhuma palavra sua, nem
mesmo quando confundiu filatelia com filantropia, num dos comentários da SIC.
Nem sei até se dessa vez os editores foram logo a correr mudar os dicionários,
porque da sua boca e da sua mão só saem verdades.
Peço-lhe desculpa de voltar atrás, mas,
se calhar, a história dos 80 alunos na mesma sala não foi bem assim. Quem sou
eu para não acreditar, mas você, na mesma coluna do jornal também diz:
“não me lembro se tinha ou não casas de banho, mas sei que não tinha
qualquer espécie de aquecimento contra o frio granítico, de Novembro a Março…”
Se não se lembra de umas coisas também
pode esquecer ou confundir outras, não acha? Quanto ao frio, realmente não
havia necessidade de aquecimento. Então, com 80 crianças todas juntas numa sala
há lá frio que resista? A menos que os meninos faltassem à escola ou fossem
trabalhar para os campos, como também era frequente.
Não sei se o Ministério vai até
aproveitar a sua ideia e pôr 80 alunos por sala. A poupança será colossal. E se
os professores disserem que não aguentam e as salas também não, você dirá do
seu pedestal ou a conduzir o seu jeep rumo a exótico destino: “Ai aguentam,
aguentam”! E você tem a prova: a D. Constança aguentou.
Mas confesso que sinto uma certa ternura
pela D. Constança. E sabe porquê? Porque ainda há muitas donas constanças, no
masculino e no feminino, que você não conhece, porque vai quando quer para o
Deserto e nem se apercebe que há muitos oásis dos quais ninguém fala nem
escreve.
Gostava de o ver com trinta e tal alunos
(não digo 80 porque não sou vingativa como parece estar na moda) numa sala de
aula. E olhe que eu sempre me dediquei aos meus alunos!
Sobre a greve aos exames, você recomenda
aos professores: “… tenham pudor”. E como explica sempre tudo muito bem, cumpre
a regra de juntar exemplos aos argumentos: “um cirurgião não resolve entrar em
greve quando recebe um doente já anestesiado”…
Mais uma vez, você confundiu ou então
estava com pressa e nervoso por não poder fumar um cigarro e comparou alhos com
bugalhos para despachar. Tenha pudor, digo eu. Não tome a árvore pela floresta,
nem um pedaço de areia por todo o deserto.
Quando assim é, você parece um clown, a sad
clown.
quinta-feira, 4 de outubro de 2018
O Dunas
Hoje, dia em que se fala muito dos animais, e ainda bem,
partilho de novo um texto que publiquei aqui, em 2011.
É sobre o Dunas, um cão que viveu connosco mais de uma dezena de anos
e que deixou muitas saudades.
Há dias escrevi um pequeno texto
sobre o Dunas, o nosso velho cão labrador. Dei-lhe o título: “Tal como eu”. Se
o escrevesse hoje, infelizmente teria de pôr os verbos no passado. O Dunas
partiu numa noite sem luar no início deste mês de Agosto.
Ficou(-me) a sua alegria segura e
serena quando abanava a cauda bebendo água, vendo a comida, recebendo festas,
tendo companhia, entrando no carro para ir passear...
O seu nome foi escolhido porque o
pelo fazia lembrar dunas claras e macias. No verão, em Mindelo, gostava de
correr na praia e subir as dunas. Sempre a abanar a cauda, sabia entregar-se -
com certeza como qualquer cão - a momentos de felicidade simples e livre.
Quando era mais novo e estragava
qualquer coisa, mostrava um olhar de arrependimento, baixando a cabeça e
parecendo pedir desculpa. Era inteligente se é inteligência compreender os
seres humanos e saber adaptar-se a eles.
Dava mais do que pedia. Sempre
disponível e à espera que os donos chegassem. Entrando em casa, deitava-se na
carpete da entrada, suspirava tranquilo e adormecia.
Perante a sua placidez, dizíamos
muitas vezes: “meu bom cão”. Parecia não querer incomodar, apesar de gostar de
conviver. Não sei se foi coincidência ou não, mas foi breve o tempo que
antecedeu a partida.
Ao texto anterior sobre o Dunas dei
o título “Tal como eu”. Corrijo agora: “ Melhor do que eu”.
terça-feira, 2 de outubro de 2018
Em Dia de (cada vez mais necessária) Não Violência
"Não quero
que minha casa seja cercada por muros de todos os lados e que as minhas
janelas esteja tapadas. Quero que as culturas de todos os povos andem
pela minha casa com o máximo de liberdade possível."
segunda-feira, 1 de outubro de 2018
No Dia Mundial da Música
A música das estrelas
As estrelas também cantam
Cantam uma canção de embalar
sobre uma estrela que caiu
no fundo do mar
Melhor lugar não há
para ouvir essa canção
do que deitado na relva
numa noite de Verão
Jorge Sousa Braga
Enviado pelo Clube das Histórias
clubecontadores@gmail.com
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