quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Dia 10 de dezembro

 Ontem

Quando a minha filha mais nova era adolescente, leu quase todos os livros que Clara Pinto Correia ia publicando. A professora, cientista, escritora, jornalista era um ídolo para ela. Ontem dei-lhe a notícia da sua morte. E acrescentei coisas que li e conclusões pessoais a que cheguei: era genial, produziu tanto desde tão nova, teve aplausos e reconhecimento de toda a parte, nem beleza física lhe faltava, amou e foi amada…

Porém, as asas foram perdendo fulgor e a queda foi abrupta quando foi acusada de plágio por artigos enviados para a revista Visão. Parece que morreu só e com ordem de despejo da casa onde vivia.

Hoje, várias capas de jornais mostram o seu belo e expressivo rosto. Num dos títulos, aparece a palavra Princesa. É que o ‘viveram felizes para sempre’ é final em que já ninguém acredita.


Hoje

- Mãe, o dia 10 de dezembro também calhou numa quarta-feira, não foi?

- Sim, filha. 

. …

- Tínhamos estado os dois de mãos dadas no hospital, desejosos de voltar para casa.

- …

- E voltámos só nós.


terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Flashes com um feriado dentro

Manhã de domingo

Enquadrada na Feirinha de Natal, estive na pequena tenda da APEG - dos autores de Gondomar, no  Parque Urbano. Julgo que foi a primeira vez que fui 'livreira' e gostei da experiência. Na banca, estavam livros escritos por autores que residem ou estão ligados a Gondomar. Muito perto, havia uma barraquinha de doces. Boa e gostosa vizinhança. Curiosas são as reações das pessoas que passam: umas aproximam-se e olham, mesmo que nada comprem; outras aceleram o passo dando a entender que livros não interessam; outras dizem às crianças para escolherem um livro... E as pequenas conversas ali geradas foram bonitas, mas muito mais ainda era ver crianças risonhas, na companhia dos pais, com o seu livrinho na mão.

Tarde de domingo

Fui ao Teatro Nacional de S. João com amigas ver a peça Branca de Neve e Outros Dramalhetes, de Robert Walser, encenada por Nuno Carinhas. Apesar de 'o Porto aqui tão perto', há bastante tempo que não passava nas imediações do Teatro. Como chegámos mais cedo, deu para entrar no cinema Batalha, agora de cara bem fresca e lavada, com grandes cartazes das Meninas Exemplares, filme de João Botelho, que mostra pinturas de Paula Rego e que lembra as histórias da Condessa de Ségur. Impossível não recordar os tempos há muito já idos em que corríamos para ir buscar livros à biblioteca itinerante da Gulbenkian, que passava em dias certos e felizes.




Manhã de feriado

Será que a mesa da sala iria ficar com menos tralha? Ou, melhor dizendo, sem os sacos de papel, as fitas, as prendinhas para começar a organizar o Natal? Fiz o pequeno almoço. Para tomar devagar. Liguei o rádio na cozinha - um velho rádio que tenho há uns quarenta anos e que, de vez em quando, começa a falhar. De repente, perde o pio. Ao lado, a pequena televisão que também perdeu a voz e o rosto. Digo para mim: Substituo-a? Com o rádio, aprendo mais. Café, torradas, um ovo mexido - tudo tomado quentinho, vou para a sala. Dali a um par de horas, a mesa está mais desanuviada, mas ainda com jornais e revistas. Ah, e o medidor da tensão para registar os números na folhinha. Fica para a tarde. Não me apetece tirar o casaco.

Tarde de feriado

Depois de almoço, tomo o café no sofá. Em caneca, não em chávena pequena. Gosto de sentir o calor prolongado nas mãos. Dou uma vista de olhos a Expressos das últimas semanas, trazidos pela minha filha, mas que tinham ficado por ler. Separo o que me interessa mesmo e que não gosto de perder, como o caderno 'Ideias', onde está a crónica de Isabela Figueiredo que leio sempre. Recebo um telefonema de uma amiga muito talentosa que produz peças bonitas e originais. Passará por cá, porque preciso ainda de algumas coisas e gosto sempre de falar com ela. Separo os jornais já lidos. Costumavam ir para reciclar, agora vão para uso de um mecânico que mora perto. Queixa-se de que não encontra jornais para limpar os carros! Pode ser que, pelo menos, leia alguns títulos.

Na próxima semana, não haverá feriados. Que sejam bons todos os dias!


sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Ajudas a escrever a carta? Perguntou ela!

 

Mãe, ajudas o menino a escrever a carta?

Claro, respondi eu. 

Precisava era de saber que tipo de carta tinha de ajudar a escrever e para quem. Estava tudo na mensagem enviada pela educadora. Li. Que bonito, pensei. E tão necessário. E tão diferente do que se fala nos tempos que correm. Ainda bem que a educadora, jovem, motivada e alegre, fala destes assuntos com os meninos. Tinha havido um sorteio e cada menino ficou a saber a quem deveria endereçar a sua carta. Uma carta de bondade.

Ora, já no carro, e de regresso a casa, perguntei-lhe sobre a carta, para irmos já falando sobre o que iria ficar escrito. Eu queria que as ideias fossem dele e não minhas, porque era ele que conhecia o amiguinho, de cujas qualidades queria falar.

Então, meu amor, o que vamos escrever na carta? Fui perguntando e ouvindo respostas.

Ele aceita as minhas desculpas, mas às vezes não aceita de outros meninos.

Como era uma carta de bondade, achei melhor realçar o que era positivo e disse:

- Talvez seja melhor só dizeres que aceita as tuas desculpas. Até pode ser que passe a desculpar mais.

Concordou.

E foi acrescentando:

- E ajuda-me quando é preciso.

E também o ajudas? - Perguntei eu.

- Também.

Ótimo, disse eu.

Então, podemos dizer que gostas de brincar com ele, que ficas contente quando ele te ajuda e que também gostas de o ajudar.

- Ó avó, ele fala línguas diferentes, acrescentou.

Que bom, disse eu. 

Na cartinha que escrevemos, quando chegámos a casa, ficou também: Gosto de te ouvir a falar línguas diferentes. É muito fixe.


E, já agora, abordar estes temas (não quero dizer valores, porque é palavra que serve para tudo e mais alguma coisa) na escola e na família é ainda mais fixe, senão, daqui a pouco, as crianças nem sabem o que é bondade, respeito... porque os adultos vão-nos apagando a uma velocidade atroz.

Felizmente (ainda) há Esperança! 


quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Chama-se Maria?

 

Há dias, fui a uma farmácia aonde não costumo ir e que fica num Centro Comercial do Porto. Quando entreguei a receita à farmacéutica, bastante jovem, ela fez-me uma pergunta: Chama-se Maria?

Eu disse que sim, estranhando momentaneamente a questão. Ora, a razão da pergunta seria a de facilitar as perguntas seguintes que me iria fazer:

- A Maria quer genérico?

- A Maria tem cremes hidratantes em casa?

- A Maria quer número de contribuinte?

...

Não deixei de achar graça à forma de tratamento, porque não é usual, sobretudo antecedida pela pergunta do primeiro nome e sendo eu de uma geração muito mais antiga. Seria mais comum dizer 'a senhora' e ainda bem mais habitual, na região, dizer 'você', palavra que sempre começamos por bê e que nem sempre cai bem. E não é só pela troca do vê pelo bê, mas porque o 'você' implica outra proximidade.

Ah, para além da forma de tratamento que usou e que fixei, também não esqueci o conselho que me deu e que tenho posto em prática e com sucesso:

- Se a Maria tem creme Nivea em casa, use-o para hidratar as mãos.

Para a próxima, volto lá.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Bom feriado - com coisas bonitas!

 


segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Sentimento matinal

 

Se eu não lesse

Treslia

Se não escrevesse

Sentiria mais desordem

Em mim

No mundo

À minha volta

Se não tivesse flores no jardim

O oásis estava mais distante

Se não tivesse familia e amigos

Os temporais

Eram desabrigo 

Se não houvesse beleza

A chuva que agora cai

Era servida mais fria!


domingo, 23 de novembro de 2025

Convite - Proximidades

 

Este livro é composto por textos poéticos de autores diretamente ligados a Gondomar. É que o mundo está tão próximo!



Convite - Histórias da avó

 

Para além das histórias, escritas pela avó, os desenhos são das netas - alguns a preto e branco para os leitores poderem ilustrar.

 


No outono, também há flores!

 

Flor solitária olhando à sua volta

Ronaldo, diz-me com quem andas...


Já não é novidade para ninguém a viagem que Cristiano Ronaldo fez há dias à Casa Branca. Já não lhe basta ser o melhor jogador do mundo, possuir imensa fortuna, ser o campeão de seguidores nas redes sociais, o ídolo de diferentes gerações e mais e mais e mais.

Há pouco, numa entrevista televisiva, Cristiano Ronaldo exprimiu a sua grande admiração por Trump, apelidando-o de grande executor e mostrando vontade de o conhecer pessoalmente. 

Ora, esta pretensão (por certo, já combinada) interessava a Trump, que gosta de ser bajulado e que vai tendo muita oposição mesmo junto dos republicanos, e agradava igualmente ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita, país do Al-Nassr, clube onde joga Cristiano. O governante havia sido convidado para ir à Casa Branca, onde foi recebido com enormíssima pompa e circunstância, e na comitiva do poderoso príncipe das Arábias lá foram o CR7 e a bela Gio ao encontro do homem mais poderoso e imprevisível do planeta. 

Não é por acaso que o próximo campeonato  mundial de futebol vai decorrer também nos EUA e que o príncipe da Arábia Saudita, para além dos negócios,  aceitará ajudas poderosas para se ‘limpar’ do assassinato de um jornalista americano, de que é acusado, o que reitera a falta de liberdades no seu país, nomeadamente de expressão, religiosa e de direitos sobretudo das mulheres.

E o Cristiano Ronaldo, que representa a seleção portuguesa e, como tal, também Portugal, prestou-se a esse papel que lhe atribuíram de rico tira-nódoas. 

Nesse jantar de luxo tão mediatizado, muitos negócios terão sido feitos, muito dinheiro deve ter circulado e também  Ronaldo terá tido janelas de oportunidade para aumentar a sua fortuna.

Porém, por estas e por outras, ele pode ficar ainda mais rico, mas também se arrisca a ficar … mais pobre de espírito!


sábado, 15 de novembro de 2025

Vai embora, Cláudia!


Conheço várias Cláudias

Mas como esta é que não 

Ataca de dia e de noite

E não tem contemplação!


E com ela vem a chuva

E a temida trovoada

Faz crescer rios e ribeiros

Torna a terra encharcada!


E enfuna-se de vento

Que despeja enraivecida

Derruba muros e telhados

E às árvores tira vida


Mas o que é bem pior

É haver mortos e feridos

E custa ver tantos bens

Tão depressa destruídos


Ó Cláudia, vai-te embora

Com teus repentes enigmáticos

E uma coisa já sabemos

Que combater todos temos

Os maus  efeitos climáticos!


quinta-feira, 13 de novembro de 2025

O outono pode ser belo, apesar dos temporais!


Ele estava contente. E tinha razão!

 

Como combinado, hoje de manhã, ele tocou-me à porta. Vinha receber de uns pequenos trabalhos de trolha. Trazia um boné e vestia um casaco que usa nas corridas e maratonas. Quando lhe abri a porta, tirou o boné, coisa que já vai saindo de uso, mas não da cabeça. 

Está quase nos setenta, mas que ninguém lhe tire as corridas de longo curso. Diz que a mulher também o acompanha, embora corra menos por causa das dores nos joelhos, que vão melhorando porque ela também faz Pilatos (não é só ele que fala do segundo nome de Pôncio, dos Evangelhos, em vez de Pilates).

Falar com ele é engraçado, mas demora tempo. Gagueja, faz muitos gestos e não deixa para trás nenhum pormenor. Explica e justifica todos os trabalhos que faz. Quase que já aprendi como se fazem pequenos serviços de trolha. Isto na teoria, é claro.

Ele hoje estava contente porque me via contente com o trabalho que terminou. E disse-me, mais uma vez, que fica contente quando vê o trabalho bem feito e as pessoas também ficam contentes com o trabalho dele. E que, quando eu precisasse, ele vinha, porque agora só faz pequenos trabalhos. E que a mulher também o ajuda de vez em quando e que, assim, ela sai de casa e conversa, porque gosta muito de conversar.

- E agora, vou buscá-la ao Pilatos, disse ele. Só espero é que a senhora tenha ficado contente com o meu trabalho. 

- Fiquei, obrigada. Ficou tudo muito bem. Realmente, ter as coisas a funcionar em casa dá mais qualidade de vida.

-  Com as coisas bem feitas, todos ficamos contentes, disse ele com um sorriso de satisfação. 

E dei-lhe razão. E logo me veio à cabeça o título de um podcast de que gosto muito. «A beleza das pequenas coisas».


«Maré» em dias de tempestade!





domingo, 9 de novembro de 2025

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Encontrei hoje numa pasta qualquer

 

O silêncio da casa

Deixo coisas por fazer

para que a casa continue assim

em silêncio

não sei se exala passado

ou sobretudo o agora

mas o momento é sereno

e não quero desperdiçar nada

do silêncio da casa de hoje

a cama está por fazer

a cozinha por arrumar

a roupa por passar a ferro

mas nada disso importa

não posso perturbar

 o silêncio da casa

olho a tua fotografia

e não te digo nada

volto a olhar

volto a nada dizer

não é preciso

conheces o meu amor

pelo silêncio

- Mas com arrumação!

pressinto que vás acrescentar.

 

15.09.2020

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Andamos nervosos ou é de mim?

 

Conheço um casal de brasileiros que vive em Portugal há uns anos. Ela diz que só soube o que era andar na rua sem medo aqui em Portugal. Com um brilhozinho nos olhos, fala da segurança que agora sente e, apesar de ter saudades do Brasil, diz que não quer voltar. Só se for para visitar a família e os amigos. Estão legalizados, trabalham, pagam impostos e têm um filho.

Quando ela me fala da maravilha que é andar fora de casa e a qualquer hora sem medo, eu lembro-lhe que aqui também há assaltos, roubos, etc. Ela sorri e diz: Nada a ver!

Para além desta grande dose de paz e segurança, que muitos querem contrariar,   sinto que muitos portugueses andam tristes. Para além da tristeza, existe  solidão e descrença em políticos e em instituições. Não se sabe se o que dizem é verdade, meia verdade, mentira ou jogo político só para caçar votos e continuar no poder. Por isso, desconfia-se cada vez mais de tudo e de todos.

Assistir, por exemplo, a uma sessão na Assembleia da República revolta, dececiona e cria um grande vazio. Todo aquele barulho, o ver quem arrasa mais o outro, o riso de escárnio, o insulto, as palavras indecentes, o desrespeito, as falácias, fazem com que o comum dos mortais se sinta confuso e cada vez mais só.

Andamos nervosos. E desconfiados. E desiludidos. E acabrunhados. Se for só de mim, é melhor.

Para muitos imigrantes somos, de facto, um oásis. Não pelas mentiras que os extremistas inventam, como a história dos subsídios a torto e a direito,  mas pelo que encontram que é bem melhor do que a realidade dos seus países.

Também muitos portugueses emigram em busca de uma vida melhor e de mais reconhecimento. Nos países que os acolhem, trabalham, pagam impostos, constituem família  e não querem voltar.

Mas disto não se fala porque não dá jeito.

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Bom dia! O que li hoje no EXPRESSO curto, com texto de Isabel Leiria

 

«Os primeiros cartazes do Chega a apoiar a campanha de André Ventura para as presidenciais foram colocados em concelhos da margem Sul com mensagens que os procuradores do Ministério Público (MP) deverão avaliar se configuram algum tipo de crime ou um mero exercício de liberdade de expressão, como advoga o próprio candidato a Presidente da República.


“Isto não é o Bangladesh”, lê-se num deles, “Os ciganos têm de cumprir a lei”, escreveram noutro e os “Imigrantes não podem viver de subsídios”, num terceiro. Se a ideia do primeiro é insinuar que Portugal foi ‘invadido’ por hordas de imigrantes oriundos daquele país, nada como apresentar os números para mostrar como se afastam da realidade vivida no país. Dos 1.543.697 cidadãos estrangeiros que residiam em Portugal a 31 de dezembro de 2024, pouco mais de 55 mil são originários do Bangladesh. É a sétima nacionalidade mais representada, muito longe dos 485 mil cidadãos brasileiros, que estão no topo da lista. A mensagem, a fazer lembrar slogans racistas e xenófobos do passado (e, lamentavelmente, do presente) mereceu já o repúdio de várias dirigentes. “Este racismo não existia em Portugal. Os portugueses não são assim”, declarava há dias o porta-voz da comunidade do Bangladesh em Portugal, Rana Taslim Uddin.

Sobre os ciganos terem de cumprir a lei, não se percebe outro alcance da mensagem que não a estigmatização gratuita de um grupo. Pessoas de outras origens étnicas, raciais ou culturais, tal como os militantes do Chega a braços com a Justiça, não têm de cumprir a lei? Um grupo de associações ciganas já disse que ia apresentar queixa junto do MP.»

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

As histórias que faziam mal ao cérebro


Quando a Clarinha era mais pequena, gostava muito de histórias de princesas, de brinquedos de princesas, jogos de princesas, adereços de princesas, de vídeos de princesas...

Lá por casa, não faltavam princesas em papel, em cartão, em livros, em adereços de princesa como tiaras, etc,

Quando havia qualquer data festiva, lá vinha a pergunta:

-  Clarinha, o que queres para presente?

E a resposta não se fazia esperar:

- Um vestido de princesa! Ou um livro de histórias de princesas. Ou um livro de princesas para colorir...

Um dia, perante tanta princesa por todo o lado, o pai disse a Clarinha:

- Tantas histórias de princesas fazem mal ao cérebro!

A Clarinha ficou a olhar para ele muito séria, mas que ninguém lhe tirasse o mundo mágico das suas princesas.

Ou por aquilo que lhe disse o pai ou porque o tempo também vai dizendo muita coisa, ao amor pelo mundo das princesas seguiu-se o amor pelo Panda e depois o grande amor pelo Harry Potter. Que ainda continua.

Daqui a algum tempo, não sei o que virá. Mas todas estas diferenças de gosto só podem fazer... bem ao cérebro.


quinta-feira, 23 de outubro de 2025

'O lado oculto'


Tem passado na RTP, canal 2, pelas 20.40 da noite, uns documentários muito interessantes, na minha opinião. O nome da série é 'O lado oculto'. Karina Marceau, canadiana do Québec e principal dinamizadora do programa, fala de práticas culturais, sociais e económicas não muito conhecidas em diferentes países. 

Num dos últimos programas, mostrou como a gastronomia do Peru é uma grande riqueza crescente, sem deixar de referir a violência que existe nalgumas cidades. Muitos chefes de cozinha utilizam elementos cada vez mais naturais para dar sabor e beleza aos seus pratos.

Hoje, julgo que o país apresentado é a Etiópia e estou com curiosidade sobre os aspetos que vão ser revelados, porque, habitualmente, esse país africano é mencionado pela sua pobreza. Ora, de certeza que outros lados serão mostrados. Não para fazer esquecer realidades mais duras, mas evidenciando aspetos também relevantes e que são muitas vezes esquecidos.

Quem ainda não viu o programa, se puder, veja. Vale a pena. E também o dinamismo da apresentadora e os diálogos empáticos que estabelece com as diferentes pessoas dos mais diversos lugares.