domingo, 1 de janeiro de 2023

No primeiro dia

 

Ultimamente, com os afazeres domésticos e familiares, tenho visto notícias de forma intermitente. Vejo umas coisas aqui, oiço outras coisas acolá, leio uma crónica ou títulos ou subtítulos, livros continuam à espera, oiço bocados de podcasts, etc.

Hoje poderá ser um dia em que me começo a organizar melhor. Espero que sim. A chuva e a ventania mandam ficar em casa, o que, para mim, é quase sempre muito bom, sobretudo se tenho tempo e calma suficientes. Há tantas coisas pequenas e boas para fazer em casa, quando há computador, livros, rádio, televisão... Para além de dar o lugar às coisas da casa que também nos organizam a vida.

Comecei este post a falar de notícias e meti-me por outros caminhos, enquanto oiço a chuva a cair e o vento a soprar. Ah, e ouvi agora um trovão.

Na Ucrânia, não sei se haverá tempestade assim, mas neve e frio haverá com certeza nesta manhã, como em muitas manhãs, tardes e noites. E os bombardeamentos a fazerem-se ouvir e a destruir esperanças que, em paz, julgamos serem possíveis.

Ontem ouvi que um grupo de crianças continuou a cantar num espetáculo de Ano Novo, enquanto armas iam atingindo o alvo que mentes cruéis não param de definir. Muita gente não tem água potável, eletricidade, medicamentos, etc.

Quase ao mesmo tempo, vi o psicopata Putin com uma taça de champanhe na mão, a brindar não sei a quê. Nos seus bunkers, a neve nunca lhe cairá em cima nem nada lhe faltará. E a culpa fica de fora. E nem o ruído de uma taça de champanhe a partir-se ele ouvirá.

Oxalá que as crianças da Ucrânia possam continuar a cantar. E não sejam cada vez menos. E a esperança possa ser cada vez maior.

 

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