sábado, 6 de abril de 2019

Fiquei com vontade de escrever mais!


Tantas palavras que gostei de ouvir sábado passado, na apresentação do livro Histórias da Clarinha, feita por Glória Varão. 
Tantas histórias que gostei de ouvir ler.
Aqui transcrevo algumas.
Obrigada, Glória.

"(...) É um livro cheio de ternura e carinho  que, se por um lado, nos faz olhar para os nossos filhos, os nossos netos, por outro lado, faz-nos voltar atrás no tempo e lembrar muitas das coisas por que passamos na nossa infância.
Penso, por exemplo, no poema o moranguinho (...):

Comendo-o, sente alegria
E até ri com emoção,
Vendo o suminho a escorrer,
Dando beijinhos na mão!


Sendo este um livro infantil, encontramos nele muitos dos elementos favoritos das crianças (...):

No meio das florzinhas,
Vive um grande e verde sapo,
Um porquinho, cogumelos
E, de vez em quando, um gato.

(...)

As brincadeiras ajudam a crescer, a aprender, a conhecer e, por que não dizê-lo, a criar o mundo (...):

Com a ajuda de forminhas,
Que se ajustam aos dedinhos,
Faz bolas, gatos e cães
E também outros bichinhos.

 (...)

Sabemos que todas as crianças criam um mundo próprio que é reflexo do mundo real. Se tudo tem um nome, os brinquedos também o têm:

Os brinquedos da Clarinha
Têm nomes engraçados,
Todos, todos diferentes,
Todos muito apreciados!

É a boneca-carrapito,
O peixe de boca aberta,
O boneco narigudo,
A bonequinha-risota,
O panda que é sortudo
E o cãozinho sem casota.

No mundo das crianças tudo serve para brincar! Mas umas galochas e, ainda por cima vermelhas, é o que de melhor pode acontecer. Qual é a criança que não gosta de fazer tchap, tchap nas poças de água?

(...)

Fazer tchap tchap na água
É pois muito natural;
Se a Clarinha quer brincar,
E se as galochas voaram,
Quero até perguntar:
- Como não saltar pocinhas
Se saltaram sobre o mar?

Sim, porque as galochas vieram do outro lado do mar, de outro continente (...). 
A família é outra constante nesta obra.
É a avó, os primos, os pais (...)... Todos, à sua maneira, são fundamentais para o desenvolvimento e crescimento harmonioso da Clarinha.

- Eu gosto tanto de ti,
Tia Ana tão querida,
Ensinas-me tanta coisa
Importante para a vida.
  
(...) Os pais, claro, surgem também como essenciais para esta aprendizagem. São eles que, com o seu exemplo, transmitem não só conhecimentos, mas também hábitos, nomeadamente hábitos de leitura.(...)
(...)

A família diz: - Clarinha,
Livros não são de roer.
As histórias são tão lindas;
É melhor ouvi-las ler!

E começa a perguntar,
Pouco sabendo dizer:
- Se os papás devoram livros,
Por que não os posso comer?!

(...)

A leitura e as histórias educam o coração de uma criança (...).
Todas as histórias são de encantamento.(...).
Estas minhas afirmações estão, na minha opinião, presentes neste livro.
Afinal, todos os poemas são histórias, como nos diz a autora.
(...)
E desafia os leitores a inventar, a contar  as suas próprias histórias.
(...)
Dando pistas, dicas: 

Olha bem à tua volta:
Tanto para ver e contar!
Sobre um gato ou um cão,
Um passeio ou canção,
Uma pessoa gentil,
- E olha que há muitas mil -,
Uma qualquer descoberta...
E com a janela aberta...

E termino exatamente com o poema que dá início a este livro (...):

Quando eu disser Clarinha,
Podes o nome trocar;
E em vez dele pôr o teu,
De irmãos ou de amiguinhos,
De primos ou de vizinhos
E até mudar a ação,
Pra todos assim caberem
No teu e no meu coração."

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