domingo, 23 de março de 2025

Convite

 

Se puderem passar por lá, serão muito bem-vindos!




sábado, 15 de março de 2025

Continuo a amar-te, cidade com mar ao fundo!


Nunca se falou tanto de Espinho, pequena e bonita cidade com o mar por perto e saudáveis passadiços e gostosos restaurantes e atividades culturais e lojas ou mercados onde se encontra tudo o que é preciso e muitos olás porque quase toda a gente se conhece e muitas tradicionais devoções e os pregões na voz sonora das peixeiras e as belas ainda que mais curtas praias… 

… por onde circula o necessário e explicado dinheiro.

Porém, Espinho  entrou no mapa dos media sobretudo pela famigerada Spinumviva (até custa a dizer o nome!), a casa da família Montenegro donde se avista o mar e um mar de problemas, as influências da câmara municipal em cores diferentes…

… por aqui, a acreditar em notícias, circulam dinheiros que um cidadão normal acha mal explicados.

Contudo, não deixarei de ir à ‘minha cidade com o mar ao fundo’. Continuarei a amar a sua maresia, mas as coisas confusas que até espantam e roubam a alegria, não!


sexta-feira, 14 de março de 2025

Enquanto isto, sou isto; enquanto aquilo, sou aquilo!


Diz-se, e com razão, que todos temos várias camadas, como uma cebola, mas custa-me entender que figuras públicas que ocupam cargos de grande responsabilidade e de necessária isenção façam afirmações que negam qualquer  imparcialidade que, legitimamente, lhes é exigida.

Depois, perante questões sobre o que disseram, a justificação que habitualmente surge é que as palavras foram ditas enquanto exerciam a função A e não a função B. Neste caso está o presidente da Assembleia da República que afirmou, recentemente, que o líder do PS fez pior à democracia em meia dúzia de dias do que o líder do Chega  em meia dúzia de anos. Disse-o com a sua bem penteada candura, mas que não esconde a raiz da crítica feroz.

Instado sobre esta afirmação, lá veio a justificação do costume: as palavras foram ditas enquanto membro do seu partido e não como presidente da assembleia da república. Como se a política fosse um palco em que se veste e logo se despe uma camisola.

Todos agimos de forma diferente consoante os momentos e os contextos em que estamos ou que vivemos. Porém, quem se expõe publicamente por livre vontade, como é o caso dos políticos que exercem cargos que requerem  isenção terão, na minha modesta opinião, de saber gerir o que dizem e que terá eco em todo o país, não ficando apenas num grupo restrito  de amigos em conversa descontraída à mesa do café.

Isto de se dizer tudo até ao insulto e tudo se justificar depois para ficar bem na fotografia não é nada bom exemplo, sobretudo para os jovens. Por isso, estes desligam da política e procuram outras redes.

Enquanto anónima cidadã e sabendo que alguma imparcialidade também vive em mim, como em toda a gente, é isto que penso enquanto observadora de coisas esquisitas que se passam e que ‘vemos, ouvimos e lemos’. 

Venham alegrias! Venham também confrontos, mas menos agressivos; precisamos deles enquanto… Pessoas.


P.S. Ontem, vários deputados choraram pela morte de Miguel Macedo, figura muito apreciada no PSD. Apesar da tristeza do momento, apreciei ver aqueles homens grandes (mas nem sempre grandes homens) com a voz embargada e a chorar, dando um sinal de humanidade. Será que é também um sinal de que em vez da fúria de tantos debates haverá mais educação? Enquanto eleitora e sobretudo enquanto pessoa gostava que sim.


segunda-feira, 10 de março de 2025

'Tenho a perceção … tenho mesmo!’

 

Quem já não ouviu o que digo em título? Basta estar atento às notícias. O sr primeiro ministro e o líder parlamentar do seu partido repetem e repetem estas afirmações sobre os mais variados assuntos.

Quanto a mim, anónima cidadã, ‘tenho a perceção… tenho mesmo’ de que a vida está a  piorar para os homens, para as mulheres, para os jovens, para as crianças…

Felizmente há celebrações, como o recente  Dia da Mulher, mas não escondem um problema que se está a generalizar, como a erva daninha do meu quintal: O que acontece de mal é sempre culpa dos outros e o melhor é destacar o que corre bem, porque para o resto não há tempo nem paciência!

O sr primeiro ministro é acusado de recebimentos mal explicados, mas nem fala disso sequer nos seus discursos em que promete novos projetos e aproveita para culpar os outros. Para ele, a oposição e os jornalistas são os maus da fita que não o deixam governar. 

A omissão e o passa-culpas estão num crescendo, não só em Portugal, o que faz muito mal, sobretudo aos jovens que precisavam de exemplos que os ajudassem a formar-se e não apenas a olhar para o poder e para o dinheiro num salve-se quem puder.

‘Tenho a perceção’, como muita gente, de que a tempestade atual não é só meteorológica. ‘Tenho mesmo’. 

                 Boa semana, com boas perceções!


quinta-feira, 6 de março de 2025

'Sei um ninho'

 


'Sei um ninho.

E o ninho tem um ovo.

E o ovo, redondinho,

Tem lá dentro um passarinho

Novo.

 

Mas escusam de me atentar:

Nem o tiro, nem o ensino.

Quero ser um bom menino

E guardar

Este segredo comigo.

E ter depois um amigo

Que faça o pino

A voar…'

 

Miguel Torga


terça-feira, 4 de março de 2025

Carnaval


Por todo o país, há hoje divertidos festejos e desfiles carnavalescos. Durante umas horas, mostra-se o trabalho minucioso de longos meses. Apesar de reconhecer todo esse alegre entusiasmo, eu não teria vontade de enfrentar filas de trânsito e multidões para ver o corso passar. No entanto, o Carnaval de diferentes regiões do interior do país  seduz-me e está a atrair muita gente.  Poderá ter a vantagem de maior conhecimento e valorização de terras que tantas vezes são esquecidas. Pode ser que para o ano lá vá!

Caretos de Podence (Macedo de Cavaleiros).

Carnaval em Lazarim (Lamego)


Para além deste carnaval que nesta terça-feira tem o seu apogeu, o país e o mundo estão  a viver um carnaval cujo fim se desconhece. Por vezes com máscaras, outras sem máscara nenhuma.

Por cá, e à dimensão do nosso país, é o desfile mediático encabeçado pelo primeiro ministro com a sua famigerada empresa e muitos adereços a reboque, uns mascarados, outros não.

Do outro lado do Atlântico, no país mais poderoso do mundo, desfila um corso gigante com  cinco letras à frente, ainda mais gigantes, para que se possam avistar em todo o universo (tenho um familiar muito próximo americano que stressa de vergonha pelos desatinos do presidente do seu país).

Bom Carnaval para todos, com saúde e alegria. É que tristezas não pagam as dívidas que a humanidade já está a pagar.


domingo, 2 de março de 2025

Poder, dinheiro…

 

… culpa sempre dos outros… 

Isto vai mal também no reino de Portugal. Não é saudável ver políticos andar na passerele da vaidade, como se dissessem: ponham os olhos em mim: sou rico e poderoso. A mim, não me atinge qualquer mácula. Eu quero-posso-e-mando e o resto é conversa de quem é uma nódoa.

No imbróglio em que  se deixou enredar, o primeiro ministro, nas poucas vezes que fala, omite factos comprometedores como a avultada avença que recebe da instituição, que também depende do estado, preferindo a cabala que jornalistas e adversários políticos tecem, no seu entender. É triste o exemplo do passa-culpas, da vitimizacão, da omissão ou meias-verdades de quem ocupa cargos públicos de tanta importância.

Numa dimensão estratosférica, foi horrível  ver Zelensky a ser humilhado na sua visita a Trump - homem tresloucado que vê o mundo como um feudo que julga ter o direito de manipular pelo seu imenso poder e imenso dinheiro. Por isso, calca e humilha quem não  lhe interessa ou de quem não gosta. 

O vídeo sobre a impensável Riviera  de Gaza é um tremendo insulto à humanidade, é dar chutos nos mais fracos e querer brindar junto da estátua de quem domina o jogo do mais forte.

A ânsia do poder e do dinheiro corrompem cada vez mais o mundo, mas tentar demonstrar que a culpa é sempre dos outros - sobretudo dos seus adversários - arruina e mina igualmente a humanidade.

As novas gerações seguirão facilmente estes exemplos que se vão normalizando, em pequena ou grande dimensão, e aos quais  vamos assistindo perplexos e impotentes.

Assim, nem apetece brincar.

Bom domingo para todos, com coisas que nos façam felizes e aos outros também!