terça-feira, 19 de junho de 2018
domingo, 17 de junho de 2018
sábado, 16 de junho de 2018
quarta-feira, 13 de junho de 2018
Pessoa popular?
"O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!"
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!"
Fernando Pessoa
(Lisboa, 13 de junho de 1888 - Lisboa, 30 de novembro de 1935)
terça-feira, 12 de junho de 2018
Jardim com chá e bolo
Imagem da net |
Um dia, ao passar a pé numa rua em Hampstead, muito perto do centro de Londres, vi o portão de uma casa aberto, dando para um bonito jardim, e aproximei-me de umas flores que me chamaram a atenção.
E a família, é claro, também me chamou logo a atenção.
De facto, é belíssima aquela zona residencial (com casas de preços incomportáveis para o comum dos mortais), coroada pelo imenso e verde parque de Hampstead Heath.
O recente filme "Hampstead", com Diane keaton, mostra-o bastante bem.
Vem isto a propósito de ter sabido que, no último domingo, muitos jardins de moradias em Hampstead estiveram abertos ao público e, para além das belezas partilhadas, os moradores ofereciam chá e bolo aos visitantes.
Imagino o prazer de tantas famílias e de tantas crianças (o problema da natalidade não parece existir por lá, felizmente) que, sobretudo ao fim de semana, desfrutam daqueles amplos e floridos espaços.
Afinal, não foi assim tão grande o meu atrevimento de ter passado o portão de um jardim para olhar algumas flores de mais perto!!!
Só que, reconheço, não era o momento certo! Até a beleza tem dias!
segunda-feira, 11 de junho de 2018
A minha mesa da cozinha
Depois de tomar o pequeno almoço, gosto de ficar à mesa o tempo que me é possível.
Vejo as notícias, abro o computador, abrindo-se um dos melhores momentos do meu dia.
Na minha mesa da cozinha, há quase sempre alguns livros bem perto do computador. E também a máquina do café e o cesto da fruta.
Muitas vezes, dou comigo a pensar que a harmonia de muitos dos meus dias assenta neste quase ritual do início das manhãs.
Vejo o blogue, as estatísticas (obrigada, queridos leitores portugueses, italianos, americanos, brasileiros, franceses, alemães, belgas, russos...), os comentários (poucos, mas sei que o tempo não dá para tudo e há prioridades) e, quando tenho alguma ideia que me parece pertinente, partilho-a, como se fosse um bolo, ainda que simples, com os sabores que pomos no que gostamos.
Quando me perguntam se tenho facebook e digo que não, vejo alguma expressão de espanto porque, atualmente, quase toda a gente utiliza essa rede social.
Mas o blogue não dispenso e quero continuar a alimentá-lo a esta mesa e em muitas outras, quando não estou em casa.
De facto, acho cada vez mais que, como ter uma mesa na cozinha, também é necessário comunicar, recorrendo a tantas e tão boas formas de o fazer.
No dia do lançamento do meu pequeno livro - A velha casa e outros dias, da Editora Lugar da Palavra - tive o gosto de rever pessoas amigas que visitam o Olámariana. O prazer de as ver foi redobrado.
Sim, também viajo e abraço a partir da minha mesa de cozinha, enquanto escrevo ou procuro a imagem que me parece ilustrar bem a mensagem escolhida.
Ah! Mas, como poderão imaginar, a minha mesa da cozinha poucas vezes está arrumada!
domingo, 10 de junho de 2018
Em Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas
Turner - 1839 |
Balada de Lisboa
Em cada esquina te vais
Em cada esquina te vejo
Esta é a cidade que tem
Teu nome escrito no cais
A cidade onde desenho
Teu rosto com sol e Tejo
Caravelas te levaram
Caravelas te perderam
Esta é a cidade onde chegas
Nas manhãs de tua ausência
Tão perto de mim tão longe
Tão fora de seres presente
Esta e a cidade onde estás
Como quem não volta mais
Tão dentro de mim tão que
Nunca ninguém por ninguém
Em cada dia regressas
Em cada dia te vais
Em cada rua me foges
Em cada rua te vejo
Tão doente da viagem
Teu rosto de sol e Tejo
Esta é a cidade onde moras
Como quem está de passagem
Às vezes pergunto se
Às vezes pergunto quem
Esta é a cidade onde estás
Com quem nunca mais vem
Tão longe de mim tão perto
Ninguém assim por ninguém
Manuel Alegre
Andam palavras na noite
Cansadas de me chamar.
Trago os meus lábios salgados
E algas no paladar.
Eu sou um grande oceano
Que só fala a voz do mar!
Mas já sinto o mar cansado
De pedir o luar ao céu
Que a Noite não lhe quer dar!
Natália Correia
sexta-feira, 8 de junho de 2018
segunda-feira, 4 de junho de 2018
"Mãe, o fim de semana foi bom!"
Sim, gostei muito do fim de semana. E, embora não tenha o hábito de extravasar muitos estados de alma pessoais - às vezes, faço-o aqui usando a terceira pessoa -, vivi boas emoções.
No sábado, publiquei o meu primeiro livro - A velha casa e outros dias -, um pequeno diário ficcionado, mas que não deixa de ter bocadinhos de mim.
Ter as minha filhas comigo, porque a que vive em Londres não quis faltar num momento que ela sabia ser muito importante para mim; com a presença dos meus pais, de muita família, de muitos amigos; ver o meu livro apresentado com todas as cores da amizade, do carinho, do amor pelas palavras na Biblioteca Municipal de Gondomar, luminoso e bonito lugar... Tantos motivos de alegria!
Oxalá haja alguém que o sinta ao ler o livro.
Ontem, domingo, fui a Mesão Frio - e o tempo estava bem frio - ouvir Pedro Mexia falar de Agustina Bessa-Luís.
Há dias que, pelas mais variadas razões, trazem muita felicidade.
Sim, filha, o fim de semana foi mesmo bom.
Há dias que, pelas mais variadas razões, trazem muita felicidade.
Sim, filha, o fim de semana foi mesmo bom.
"Somos Douro"
Uma das obras mais referidas foi O Manto, livro escrito em 1961 e agora reeditado.
sexta-feira, 1 de junho de 2018
"Hoje é Dia da Criança"
Postal enviado pelo Clube das Histórias
Hoje é Dia da Criança e eu quero dar-te a Lua.
Mas há meninos sem nada
que dormem sós numa rua.
Hoje é Dia da Criança,
na aula lês teus direitos.
Mas há meninos nas obras,
a mando de alguns sujeitos.
Hoje é Dia da Criança
saboreias chocolate.
Mas há meninos raptados
que sonham com o resgate.
Hoje é Dia da Criança
em todo o Planeta Terra.
Mas há meninos que morrem
em combates, numa guerra.
Hoje é Dia da Criança,
tu brincas, cantas, sorris.
Um dia, cada criança
como tu será feliz.
Luísa Ducla Soares
quinta-feira, 31 de maio de 2018
quarta-feira, 30 de maio de 2018
terça-feira, 29 de maio de 2018
quinta-feira, 24 de maio de 2018
"Haverá música mais harmoniosa?"
Ontem à noite, no Ateneu Comercial do Porto, houve boa música tocada por três jovens de Gondomar, alunas de escolas de música.
A Inês Silva tocou piano a solo e acompanhou a Ana Sofia Matos em clarinete, sendo evidente a concentrada sintonia entre artistas e instrumentos.
A terceira interveniente foi Mariana Ribeiro, que tocou as suas peças de forma entusiástica.
É bom quando as regiões se vão afirmando também pelos talentos artísticos e vontades fortes de muitos dos seus habitantes.
Foi um serão com juventude, talento e seriedade. Haverá música mais harmoniosa?
Perto do Bolhão
Há dias, fui ao mercado temporário do Bolhão, no Centro Comercial La Vie, junto ao Via Catarina e bem perto do Bolhão.
Achei-o um pouco mais frio do que o original, apesar das cores dos frutos, das flores e das hortaliças.
Os novos tempos exigem a renovação de espaços e de equipamentos. Oxalá o mercado do Bolhão reabra de cara lavada para servir os residentes e turistas.
Gostei da homenagem que foi feita aos vendedores do Bolhão, à entrada destas instalações temporárias, através de grandes fotografias, com os nomes e com os respetivos produtos vendidos.
Como se entrássemos num espaço humano criado por muitas pessoas, cujo rosto é conhecido, e que, ao longo de muitos anos, foram acarinhando as suas raízes.
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