sábado, 16 de setembro de 2017
sexta-feira, 15 de setembro de 2017
"Quintas de leitura"
É muito bom ver como tantos eventos no Porto são participados e aplaudidos.
Este poema foi o primeiro a ser escutado, dito por Catarina Salinas. Muitos outros se seguiram, lidos por Cristiana Sabino, Mariana Magalhães Teresa Coutinho e Pedro Lamares. As palavras sabiam à verdade e limpidez de Sophia.
Para além da música, das canções, da leitura de um ensaio, de imagens, de silêncios, de convívio, de emoções...
Sopa de Pedra - Estrigadeiras
Ontem, na Biblioteca Almeida Garrett, as vozes bem articuladas deste grupo fizeram-se ouvir.
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
A mentira nem sempre tem perna curta
Goste-se ou não do estilo, toda a gente conhece o Tony Carreira.
Um dia, o cantor vinha a Gondomar e um aluno perguntou-me se eu ia ver o espetáculo. Disse-lhe que não e logo me perguntou se eu não gostava do cantor. Como a minha resposta foi de novo negativa, ele respondeu-me:
- Ó Setora, não acredito, todas as mulheres gostam dele!!!
E o Multiusos encheu-se, tal como as salas por onde passa.
E o que é certo é que o problema do plágio, que ontem foi levantado pelo Ministério Público, já é antigo e bastava consultar a internet para ver facilmente as poucas diferenças e as muitas semelhanças entre grandes êxitos com canções mais antigas de outros autores.
E, infelizmente, nesta área e noutras, há pessoas que enriquecem sorrindo às mentiras e maldizendo, como se fossem vítimas, as verdades que incomodam. E este vício adocicado de xicoesperto atinge muitas gerações.
Quando isto acontece, os outros serão vistos como uma massa de gente que ficou pela emoção e não atingiu a razão.
Oxalá a mentira tenha cada vez mais perna curta para que Portugal dê exemplos de um país civilizado. E não falta talento e criatividade.
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
terça-feira, 12 de setembro de 2017
Como nas séries com final feliz
Costumava concluir aquilo a que se propunha e meteu mãos à obra.
Como se levantava todos os dias com o nascer da manhã, o trabalho iria avançar e haveria uma nova toalha para assistir a novas histórias e embelezar a sua sala. A menos que houvesse algum percalço porque a idade já ia avançada, mas não pensava muito nisso.
Como estava entusiasmada com o projeto da nova toalha, partilhou a alegria com as amigas. Uma delas, mais pronta para a palavra farpada, disse: "Tantos metros de renda? Ainda morres antes do fim".
Lá foi tecendo, tecendo, tecendo... De vez em quando, punha a toalha na mesa para ver melhor o efeito e a renda que ainda faltava. Ficava contente porque aumentava e estava a ficar bonita.
Concluiu-a sem custo nem stress. Nesse dia, como habitualmente, encontrou-se com as amigas e falou-lhes da conclusão da toalha. E que, felizmente, continuava bem viva. Todas compreenderam e começaram a rir. Tal como nas séries com final feliz.
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
Ontem sabia a outono
Apesar de a terra estar seca, as plantas precisarem de água, sentia-se um vento fresco e o céu ia-se pintando de névoas cor de fogo perto do sol que se recolhe cada vez mais cedo.
Gosto do tempo assim. De serena nostalgia. De alguma doçura que se vai guardando para o inverno.
domingo, 10 de setembro de 2017
Também as palavras da professora
Vou começar por Era uma vez... mas foi (quase) tudo real.
Era uma vez duas meninas que andavam numa escola do primeiro ciclo, a que então se chamava escola primária.
As meninas da fila da frente eram as que iam continuar a estudar, atrás ficavam todas as outras. Outras e não outros porque as salas de aula não eram mistas.
Ora, as meninas da fila da frente requeriam mais atenção da professora e muitas delas já estavam habituadas a ter em casa e em qualquer sítio outras atenções, quase desconhecidas das meninas das filas de trás e quanto mais atrás fossem colocadas, mais habituação havia às desatenções.
As professoras seguiam as cartilhas pelas quais também se tinham formado, porque o tempo era de condenação de qualquer atitude crítica ou mudança.
Porém, uma professora que pegou na turma do 4º ano, ou 4ª classe como se dizia, começou a reparar numa menina das filas de trás, que gostava de estudar, que era boa aluna e que deveria continuar os estudos. E começou a dizer-lho e a repetir que tinha de o fazer.
A menina ficava entusiasmada e corria no regresso a casa para dizer à mãe o que a professora achava, mas a mãe tinha muito que fazer, muitas preocupações e quase nem a ouvia. E isto repetiu-se várias vezes até que a menina, com dez anos, concluída a escolaridade obrigatória que eram os quatro anos da escola primária, ficou em casa como a grande parte das meninas das redondezas.
A menina ficava entusiasmada e corria no regresso a casa para dizer à mãe o que a professora achava, mas a mãe tinha muito que fazer, muitas preocupações e quase nem a ouvia. E isto repetiu-se várias vezes até que a menina, com dez anos, concluída a escolaridade obrigatória que eram os quatro anos da escola primária, ficou em casa como a grande parte das meninas das redondezas.
Mas o gosto por saber mais e as palavras da professora não se esbatiam e, mais tarde, a menina foi estudar e concluiu um curso universitário com boas notas. Pelo caminho, teve de enfrentar obstáculos que as meninas da fila da frente não tinham tido porque a corrida começara a ser preparada muito mais cedo.
Um dia, passados muitos muitos anos, uma menina das filas de trás encontrou uma das meninas da fila da frente. E conversaram longamente, como nunca o tinham feito na escola primária.
E a menina, que estava sempre na fila da frente, contou que tinha deixado de estudar, por vontade própria, logo nos primeiros anos do liceu.
Boas notícias
Os jornais falam hoje, abundantemente, das colocações no Ensino Superior. E todos nos regozijamos, acho eu, com este acesso crescente a mais formação, o que será sinal, desejamos todos, de mais prosperidade, felicidade e inserção no mundo de hoje.
Claro que depois, no final de muitos cursos, muitos jovens sentem o desânimo de não terem trabalho ou, se o têm, é em áreas diferentes daquelas para as quais estudaram e mal remunerado. Estou a lembrar-me de uma rapariga que conseguiu as melhores notas do Ensino Secundário da escola que frequentou, foi considerada a melhor aluna do curso universitário que escolheu e que hoje vai ajudando, precariamente, num escritório onde faz serviço burocrático para o qual não estava vocacionada.
Ouvi há pouco uma diretora de Universidade referir a necessidade de diferentes instituições trabalharem em rede para que os estudantes tenham melhores condições para concluirem os seus cursos e também para encontrarem saídas profissionais.
Possam em breve os jornais dar essas boas notícias.
quarta-feira, 6 de setembro de 2017
Mesmo irritante!
Ontem, fui a um Centro Comercial e utilizei o tapete rolante. A descer havia uma única pessoa para além de mim. O tapete ia deslizando, eu ia caminhando, mas essa pessoa, parada no meio do tapete e de mãos na cintura, ocupava todo o espaço, impedindo a passagem.
Continuei e, quando já estava muito perto dela, pedi licença para passar. Como a senhora não ouvira os meus passos, acho que se assustou um pouco e deu-me passagem.
Não sei se depois se encostou à direita, como deveria ser, porque não olhei para trás.
Logo a seguir, fui levantar dinheiro numa caixa multibanco.
Atrás de mim, uma pessoa estava tão próxima que eu quase ouvia o seu respirar. Se tossisse, eu apanharia, por certo, com o bafo no pescoço.
Apetecia-me dizer que se afastasse um pouco, o que não tive nem teria coragem de fazer.
São pequenas coisas, é certo, mas evitá-las só traria um pouco mais de conforto aos demais.
Mas há quem não pense nisso. Ou quem não saiba que deve pensar nisso.
terça-feira, 5 de setembro de 2017
Praia em (quase) outono
segunda-feira, 4 de setembro de 2017
Espinafres e bombas
Como já estamos em setembro, quando me levanto e abro a janela, olho a cor do céu e o chão para ver se choveu. Porque o ano vai de seca e a chuva é precisa como água para a boca. Hoje via-se que tinha chovido, embora pouco.
Para além de ser bom para o ambiente, poupa-me trabalho a regar o quintal. E os espinafres ficam mais viçosos e verdinhos.
Eu sei que há problemas maiores do que gostar de ver o quintal regado, como as bombas destruidoras que têm sido lançadas da Coreia do Norte e não só. Pelo poder narcísico de loucos, que se julgam deuses.
E pensar que eles acedem às bombas com a facilidade como eu colho espinafres no meu quintal!
sábado, 2 de setembro de 2017
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
HAMPSTEAD - um filme cool!
Quando vi anunciar o filme HAMPSTEAD, logo fiquei com curiosidade de o ver, porque é uma zona de Londres onde já fui várias vezes e de que gosto muito. Pelo enorme parque, pelas mansões com jardins floridos, pelos pubs antigos e confortáveis, pelas lojas pequeninas, pelas ruas estreitas com vasos coloridos à janela...
A história, em si, pareceu-me demasiado cor-de-rosa: uma mulher viúva (Diane Keaton), vive num bom mas degradado apartamento em Hampstead. Os dias são passados com atividades de voluntariado e a tentar resolver problemas financeiros.
Um dia, do sótão, avista um homem (Brendan Gleeson) que vive numa barraca, numa zona do parque (Hampstead Heath), quase escondida pelo arvoredo.
Conhecem-se, ela fica fascinada pelo estilo de vida daquele homem que optou por viver sozinho no local há dezassete anos e apaixonam-se.
Mais não digo, porque também não gosto que me contem o final dos filmes.
Agradou-me a vida em contacto sereno com a verdade da natureza, a ternura revelada pelo casal, mas apetece dizer que, na vida quotidiana, tudo seria bem diferente, embora saiba que a uma obra de arte não se deve pedir que retrate apenas a realidade.
Seja como for, o filme motivou-me a voltar a Hampstead e a Hampstead Heath.
Subscrever:
Mensagens (Atom)