Pablo Picasso - mother and child |
Hoje, felizmente, já dei os parabéns à minha mãe e recebi
os parabéns das minhas filhas. São momentos bons e de meigas aproximações,
apesar de, também felizmente, não ocorrerem apenas na comemoração dos Dias.
As celebrações são, porém, como a necessária água que se
põe nas plantas e que, ao colocá-la, se olham melhor as folhas e as cores.
Nos nossos dias, o contacto nem sempre é em presença,
porque a mobilidade é um facto e o trabalho tem de ser realizado, apesar das
festividades do calendário.
O recurso ao skype é magnífico e, de facto, ajuda a
encurtar as distâncias geográficas. Por isso, e logo pela manhã, fui
presenteada pela mensagem de uma das minhas filhas, via skype. Vieram os
parabéns, os soninhos e as comidinhas e os dentinhos e os alegres sorrisos da
bebé, as notícias familiares, o tempo que faz cá e lá...
... e não dei os parabéns à minha filha. E tão carinhosa
ela é com a bebé! Claro que também a olhei nos olhos daquele rosto tão bonito ainda
de menina, mas, se calhar, a maior parte do tempo do nosso diálogo foi dedicado
à minha neta!
Quantas vezes existem destes esquecimentos, embora o amor
seja imenso!
E lembrei-me de todas as jovens que emigram e que são
mães nos países de acolhimento. Longe das famílias, de amigos, de mimos da casa
materna....
São como plantas que saem de um vaso aconchegado e que
conseguem continuar a florir, apesar de a terra ser diferente.
Hoje estão de parabéns, porque, para além da sua
profissão, essas mães seguram carinhosamente as crianças ao colo, preocupam-se
com elas, brincam com elas, riem com elas. Tudo fazem todos os dias. E hoje
também nada fica por fazer, apesar de ser Dia da Mãe!
Como planta que cresce naturalmente, sem cobrar qualquer
lembrança!!