Tem tanto jeito
para escrever. Tem tanto jeito para pintar. Tem tanto jeito para desenhar. Tem tanto
jeito para bricolage…
Quando se fala
assim, habitualmente (acho eu, é claro) queremos dizer que o talento bateu à
porta, ficou um bocadinho e partiu de seguida em busca de terreno mais fértil.
Não se diz que
Eça de Queirós tinha jeito para escrever, ou que Paula Rego tem
jeito para pintar, ou que Mourinho tem jeito para ser treinador de futebol, ou
que Cristiano Ronaldo tem jeito para jogar à bola. Dizemos que são geniais, que
têm talento, que gostamos ou não do seu trabalho, que são o máximo… E se se
falar de Mourinho até se diz (e ele também) que é special one.
Bem, se calhar
tenho algum jeitinho (falsa modéstia também não tem jeito nenhum) para alguma
coisa, mas aprecio muito quem tem talento. Até parece que fico sem jeito.