Nunca fui de comprar muita roupa, mas já comprei bem mais do que compro agora. Só vou às lojas quando preciso mesmo, porque, para além de não ter muita paciência, penso melhor, e vejo que, afinal, tenho peças de roupa suficientes para qualquer estação. Se bem que as diferenças de temperatura vão sendo cada vez mais pequenas.
Por vezes, compro algumas coisas on-line. Em segunda mão, recordo-me de comprar uma blusa branca em Bordéus, já lá vão muitos anos, mas acho que nunca a vesti. Lavei-a várias vezes, mas o tamanho era pequeno para mim e interrogava-me sobre quem a teria usado. Contudo não me desfiz dela durante muito tempo porque achava-a bonita. Há dias, seguiu, com outras coisas, para a loja social que está aberta perto de mim.
Também entre nós são cada vez mais as lojas de roupa em segunda mão, o que será um modo sustentável de reutilizar a roupa e evitar o seu excesso. Já para não falar do espetáculo degradante de ver roupa abandonada e espalhada pelo chão, junto de qualquer contentor.
As lojas de arranjos também são ótimas para tornar diferente uma peça de roupa, evitando, assim, nova compra, novos gastos e novos desperdícios. Às vezes, nem parece a mesma peça, graças apenas a um ou outro adereço e pequenas modificações.
A propósito, é tempo de arrumar o guarda-fatos para o outono. Eu, que não sou nada exemplo de celeridade, já comecei. Que remédio, o frio já nos vai vestindo e o fim desta tarde prevê-se com sinais da tempestade Gabrielle, que esteve nos Açores e que também vai passar por cá.
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