segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Vem aí o Natal

 

Já chegou o convite para participação na nova coletânea de Natal, da Editora Lugar da Palavra. É uma oportunidade de partilharmos o que escrevemos e ir deixando uma marca - por pequena que seja - no mundo em que vivemos. Já escrevi o meu conto. Apesar de o ter lido, relido, corrigido muitas vezes, ainda está a marinar. Há tempo para o envio: final de outubro.

Boa participação e boas escritas!



LUGARES E PALAVRAS DE NATAL – VOLUME XIV

Coletânea de poemas e contos 2025

Este Natal chegamos ao Volume 14! E continuamos a contar consigo! Participe!

REGULAMENTO

1. O prazo de inscrição para participação na coletânea LUGARES E PALAVRAS DE NATAL e envio de textos decorre até 30 de outubro de 2025.

2. Os textos devem ser enviados em suporte informático (tipo word) e remetidos para editora@lugardapalavra.pt

3. Serão admitidos textos do género lírico (poemas) e narrativo (contos).

4. Cada autor poderá participar com um ou vários textos, que pode(m) ocupar até um máximo de quatro páginas, sendo que cada página corresponde a um conjunto de 1700 caracteres (incluindo espaços) ou 1400 caracteres (sem espaços), para os contos, ou 30 linhas de verso (incluindo espaços de transição de estrofe e eventuais versos demasiadamente longos).

5. A ordem de publicação obedecerá a um critério a definir, posteriormente, pela organização.

6. Os autores podem utilizar pseudónimo, embora sejam obrigados a identificar-se e o seu nome ser incluído na breve biografia a constar do livro.

7. Os autores devem enviar uma curta nota biográfica, que será publicada, com um máximo de 600 caracteres, incluindo espaços.

8. O tema de todos os textos é o Natal e/ou os valores à data associados.

9. No caso de a organização entender que o número de participantes não é suficiente para a edição do livro, os textos serão publicados on.line no site da editora Lugar da Palavra, em www.lugardapalavra.pt e enviado um exemplar em formato pdf a todos os participantes. A organização é soberana na seleção dos textos a incluir na obra.

10. O preço de venda ao público (PVP) será definido em função do número de páginas, sendo certo que os autores beneficiarão de vantagens na sua aquisição diretamente à Lugar da Palavra Editora.

11. Todos os textos serão alvo de revisão, com vista a apresentar um trabalho da maior qualidade possível, comprometendo-se, obviamente, a organização a nunca desvirtuar o original do autor.

12. Os participantes disponibilizam os seus textos exclusivamente para a presente publicação, sendo-lhes, obviamente reconhecido o seu direito de autor (pelo qual assumem essa responsabilidade), mas não serão pagos quaisquer direitos patrimoniais. Ou seja: o participante envia textos da sua autoria (se já publicados, com a respetiva autorização competente) e cede-os exclusivamente para o fim em questão, não resultando da sua publicação a obrigação da editora de pagamentos de direitos patrimoniais ao autor.

13. Será constituído um Conselho Editorial.

14. A participação implica a aceitação de todos os termos do presente regulamento.

15. Os casos omissos serão resolvidos pela organização




sábado, 27 de setembro de 2025

Roupa, pra que te quero?

 

Nunca fui de comprar muita roupa, mas já comprei bem mais do que compro agora. Só vou às lojas quando preciso mesmo, porque, para além de não ter muita paciência, penso melhor, e vejo que, afinal, tenho peças de roupa suficientes para qualquer estação. Se bem que as diferenças de temperatura vão sendo cada vez mais pequenas. 

Por vezes, compro algumas coisas on-line. Em segunda mão, recordo-me de comprar uma blusa branca em Bordéus, já lá vão muitos anos, mas acho que nunca a vesti. Lavei-a várias vezes, mas o tamanho era pequeno para mim e interrogava-me sobre quem a teria usado. Contudo não me desfiz dela durante muito tempo porque achava-a bonita. Há dias, seguiu, com outras coisas, para a loja social que está aberta perto de mim. 

Também entre nós são cada vez mais as lojas de roupa em segunda mão, o que será um modo sustentável de reutilizar a roupa e evitar o seu excesso. Já para não falar do espetáculo degradante de ver roupa abandonada e espalhada pelo chão, junto de qualquer contentor.

As lojas de arranjos também são ótimas para tornar diferente uma peça de roupa, evitando, assim, nova compra, novos gastos e novos desperdícios. Às vezes, nem parece a mesma peça, graças apenas a um ou outro adereço e pequenas modificações.

A propósito, é tempo de arrumar o guarda-fatos para o outono. Eu, que não sou nada exemplo de celeridade, já comecei. Que remédio, o frio já nos vai vestindo e o fim desta tarde prevê-se com sinais da tempestade Gabrielle, que esteve nos Açores e que também vai passar por cá.

Mesmo assim, gostava um dia de voltar ao arquipélago. Ainda me lembro do vestido que levei da primeira vez que fomos aos Açores, porque saímos do avião e senti um ar quente e húmido que me colou o tal vestido ao corpo. Talvez fosse um sinal de que não precisamos de muita roupa para viver. Para mais, o aquecimento global vai-nos tirando muita roupa de cima.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Arrumações


Não sei o que se passa comigo

Só me apetece arrumar

Armários e gavetas

Que não quero entulhar


Separo roupas antigas

E também limpo a poeira

Que se vai acumulando

Durante uma vida inteira


E lá vou pondo em sacos

Coisas pra dar ou contentor

Ou para a loja social

Onde se vendem restos de amor


E durante a arrumação

Não deixo de me lembrar

Do mundo desarrumado

Que o Poder quer conservar


O mundo não é sempre igual

Mas ver afastar a verdade

Ao mundo faz muito mal

E vai arrumando com a Liberdade!


quarta-feira, 24 de setembro de 2025

A caixinha dos artistas

 

Todos os dias o Jornal de Notícias nos chegava a casa. Depois do almoço, o meu pai lia o jornal, prestando mais atenção às páginas de desporto. Quando era hora de ele retomar o trabalho, a minha irmã e eu pegávamos no jornal e a nossa maior atenção ia para as páginas que mostravam artistas de cinema e da canção.

Ora, a nossa vontade era logo recortar as fotos dos ídolos da época e guardá-las numa caixa de papelão, a que chamávamos caixinha dos artistas. Estavam lá Brigitte Bardot, Marisol, Adamo, Rita Pavone, Alain Delon e muitos mais, em folha fininha de jornal e a preto e branco. 

De alguns artistas, havia várias fotos, ou porque viessem a Portugal ou porque deles se falava muito no momento. Uma dessas figuras era a belíssima e talentosa Claudia Cardinali, sempre com o seu risco preto nos olhos e sorriso sedutor. Nasceu na Tunísia em 1938 e morreu ontem em França. 

A caixinha dos artistas, que íamos preenchendo na infância e folheando com fascínio, há muito desapareceu. Porém, alguns filmes que a atriz protagonizou, como O Leopardo, esses ficarão para sempre.


terça-feira, 23 de setembro de 2025

Bruce Springsteen - Streets of Philadelphia

Tantas ruas há na América!




segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Olá, outono!





O outono chegou hoje e logo se fez sentir. Está mais frio, apesar do sol acolhedor, que empalideceu e amarelou um pouco. 

Colhi marmelos e olhei os dióspiros ainda verdes.

Observei as inúmeras belas-donas que, adormecidas até agora na terra, renascem coloridas e viçosas em canteiros, cantos e recantos, tornando-os vivos e festivos.

Vi que as hidrângias estão em despedida. Irromperam na sua plenitude azul que, ao longo do verão, se foi acastanhando e secando. Não sei, contudo, qual é a sua fase mais bela.

Tirei algumas fotografias, que nunca ficam perfeitas. A imperfeição também tem a sua beleza.

Pus umas tigelas de marmelada a secar ao sol da janela e lembrei-me de gestos que repetimos em muitas estações.

Procurei músicas para partilhar aqui e gostei destas. Oxalá gostem também.

Feliz outono!




sábado, 6 de setembro de 2025

Praia de (quase) outono!

  

Gosto muito do mar, ainda que raramente entre nele, porque não sei nadar (quando vejo as minhas filhas e os meus netos, felizes, a nadar, fico ainda mais feliz).

Também gosto de praia, mas não fico na areia durante muito tempo. No entanto, gosto de sentir o verão com todas as suas delícias e cores dadas pela presença das pessoas, pelas barracas, pelos guarda-sóis; por poder partilhar prazeres naturais e descontraídos que a praia oferece...

Porém, para mim, quando se aproxima o outono, a praia ganha dimensões que me agradam particularmente: abre-se, alarga-se e acalma. Olhar a praia deste (quase) outono é ouvir mais silêncio, é rever muita coisa (boa ou menos boa) que irrompe da memória. Parece que o tempo também se estende um pouco mais.

Que não se pressinta um adeus nostálgico a muitos dias de agosto: aos netos e sobrinhos-netos, todos juntos em bricadeiras divertidas e ruidosas ou em zangadas e infantis teimosias, esquecidas dentro de momentos; ao prego na esplanada do Fernando, à esplanada do Raminhos donde se avista mais areia e mais mar e se respira mais maresia, ao reencontro com pessoas amigas que a praia também chamou, à celebração dos aniversários em família em que sinto prazer de ver o prazer que dá a sopa de peixe que acabei de fazer...

Pronto, foi bom mas acabou-se, ou melhor, interrompeu-se. Para o ano há mais, como sempre se espera.

Logo que possa, quero ir a Mindelo, para olhar, calmamente e devagar, a praia bem mais sossegada, tal como a maioria das praias do país. 

O outono está aí e a chuva parece que está também a chegar. Venha ela, é bem-vinda, mas sem fazer estragos. Que venha serena, como se espera que seja o outono, apesar do tumulto dos últimos dias.



quinta-feira, 4 de setembro de 2025

O verão está de partida?

Derniers baisers’:




terça-feira, 2 de setembro de 2025