Tenho uma amiga que tem uma horta que fornece quase tudo o que precisa: batatas, cebolas, abóboras, feijão, couves, tomates, fruta, etc. É inspirador ver o que produz e ouvi-la nomear o que produz e a forma como o faz. Fala do sabor das rodelas de cebola na salada como se se tratasse de cozinha gourmet. E tem razão. É melhor que gourmet comer coisas da horta tratadas sem produtos químicos que fazem crescer de forma rápida para, rapidamente, serem vendidas.
Que o diga um agricultor que, não muito longe de mim, tem um campo que, pouco tempo depois da sementeira ou da plantação, fica todo verde porque os supermercados têm pressa e que o aspeto dos legumes e hortaliças seja viçoso e sem qualquer inseto. Por isso, a minha amiga cultivadora diz que em casa só se consomem produtos da sua horta.
Ora, hoje encontrámo-nos e vieram à baila coisas que comemos e também a nossa idade. E, qual não foi o meu espanto, quando vi que era uns anos mais velha do que eu. E faz coisas que não faço com medo de cair: subir a escada ou escadote para colher fruta, para afastar o silvado invasor de terreno vizinho porque o tempo é de incêndios...
Com um sorriso, contou que lhe perguntam o segredo de tanta vitalidade. E que, como resposta, repete o slogan: 'Pouco prato e muito sapato'!
- E comer as coisas da minha horta, acrescentou abrindo ainda mais o alegre sorriso.
Nem todas as pessoas podem ou conseguem ter hortas.
ResponderEliminar.
Deixo saudações poéticas
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“” Se eu soubesse cantar ““
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É verdade, Ricardo! E nem toda a gente o pode fazer!
ResponderEliminarUm feliz e poético fim de tarde!