Segunda-feira, 28 de maio, 11.33 da manhã, vai ficar na história dos dias às escuras. Muitas prateleiras de supermercados ficaram vazias. Pelo que muitas pessoas disseram, esgotou a água, esgotou o leite, esgotou o papel higiénico, esgotaram as pilhas, esgotaram os enlatados… só se espera é que muita coisa açambarcada não se apague no lixo!
Mas, felizmente, não esgotou a paciência, a resiliência, a adaptação a novas situações, à aceitação de riscos que corremos cada vez mais.
Não sou frequentadora de redes sociais, mas, pelo se diz, bem acesa esteve a desinformação, que teve ainda mais espaço porque a Proteção Civil nada enviou para os telemóveis, como faz em tantas ocasiões. E não faltaram culpas atribuídas e desculpas de quem governa, como é costume.
E foram muitos os elogios para a rádio que, a cada minuto, informava as pessoas, num verdadeiro serviço público, que foi reconhecido.
E também não faltaram as caricaturas cómicas sobre o apagão. Acho incrível essa capacidade de rir e fazer rir quase momentânea em situações problemáticas.
E, com este grande apagão, aprendemos muitas coisas. E vimos crianças a brincar sem estarem ligadas a vídeos. E demos mais valor às mercearias de rua. E houve interajudas até para aquecer a comida…
Ah, e tenho de comprar pilhas para um rádio antigo que tenho, e algumas latas de atum, alguns pacotes de leite, etc. Não vá outro apagão tecê-las!