segunda-feira, 20 de março de 2023

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Voltei a Bordéus uns trinta anos depois de lá ter estado num curso de formação. No percurso do autocarro do aeroporto até ao centro da cidade, ia vendo se reconhecia alguma coisa, mas de quase nada me lembrava. 

É certo que, em trinta anos, uma cidade e os seus arredores mudam muito a sua configuração, tal como a memória vai perdendo imagens e sobrepondo outras. Porém, à chegada, quando vi a praça com o grande e imponente teatro de Bordéus, as suas colunas encimadas por musas e deusas, logo o reconheci. Há trinta anos não entrei lá e desta vez também não. 

Depois, reparei que existem outros teatros na cidade, com espetáculos muito variados, um deles de nome do grande dramaturgo Molière. Não sei se têm público ou não. Oxalá tenham.

Muita gente vi em ruas e pracinhas enchendo esplanadas, em alegre convívio de fim de semana, vivendo a maravilha da vida em liberdade.

Da próxima vez, pode ser que vá a um espetáculo num dos diferentes teatros de Bordéus. Não posso é esperar trinta anos.

 

6 comentários:

  1. Pois é, já não temos idade para esperar tanto tempo. Mas é verdade que hoje as distâncias, sendo as mesmas, são mais transitáveis.
    Oxalá consiga ir ver um teatro em Bordéus, Maria Dolores. E boa primavera.

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  2. Pois não, o melhor é ir aproveitando quando e como se pode.
    Sim, acho que conhecer um pouco da arte que as cidades vão produzindo também ajuda a conhecê-las e às pessoas.
    Boa primavera também, Bea. Obrigada.

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