quarta-feira, 11 de abril de 2018

O que (sobretudo) muitas mães me diziam

Como diretora de turma, sempre recebi mais mães do que pais. Estes vinham quase sempre a acompanhar a encarregada de educação e também quase sempre deixavam entender que intervinham menos na educação dos filhos.
Quase sempre vinha à baila o tempo que os jovens dedicavam ao estudo e isso variava muito. Havia meninos que estudavam horas, o que se traduzia em muito bom aproveitamento e os que pouco ou quase nada dedicavam à sistematização das matérias.
Ora, várias mães confrontavam-se com um problema: os filhos passavam muito tempo em casa ou no quarto sozinhos, diziam que estudavam, elas queriam acreditar mas não podiam confirmar. Muitas vezes, diziam elas, estavam com o computador aberto, com o telemóvel ligado, dizendo que estavam a fazer os trabalhos de casa.
Em muitas situações destas, elas desconheciam sobretudo o funcionamento dos computadores, por isso, não dominavam a situação, nem pouco mais ou menos.
Porém, algumas afirmavam de pés juntos que os filhos passavam muito tempo a estudar, usando as novas tecnologias, logo, o mau aproveitamento só poderia ser justificado por falhas da escola. Outras, porém, reconheciam que o seu funcionamento lhes passava ao lado e que, por isso, ficavam confusas.
E quase todas as mães eram ainda muito jovens.

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