sábado, 14 de setembro de 2024

Olivença, de quem és tu?

Imagem da net


Gostava de ir a Olivença

Terra que não conheço

Muito pertinho de Beja

Para uns é portuguesa

Para outros espanhola

E todos terão razão

Uns dizem ser espanhóis

Outros dizem que Portugal

Lhes está no coração!


E ontem o ministro da defesa

Em cerimónia militar

Vestiu fato de líder político

E mesmo sem ser o momento

Abriu o seu pensamento

E lembrou que Olivença 

Pertence a Portugal

Servindo o assunto do dia

Mesmo sem pôr avental!


E logo criou incómodo

Em pelouros do poder

Que resolveram calar

Porque não era lugar

Pra tal assunto trazer!


E o vento foi despenteando 

O farto cabelo branco

Do ministro que é cioso

Da terra de Olivença

Que entende ser pertença

Do nosso Portugal

Que é dono do ‘bocadinho’

Que está do lado de lá

Mas que por justo direito

Pertence ao lado de cá.


Ainda vai ouvir raspanete

Do seu chefe e primeiro ministro

Que gosta de brilharete

E de apregoado recato

E não do que gera polémica

E que se possa dizer

‘Este ministro é um prato’!


sexta-feira, 13 de setembro de 2024

E estas também são flores…


 … embora não as olhemos do mesmo modo que aquelas que plantamos, regamos,  colhemos ou compramos.
Até preferíamos que ervas e flores daninhas nem aparecessem.

Porém, as abelhas querem-lhes bem porque sem flores - incluindo as bravias e espontâneas - não têm alimentos e não sobrevivem. 

E a humanidade, sem abelhas, também não.


quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Ai flores, aí flores, do meu quintal!

 







E impossível não me lembrar desta cantiga de amigo, da autoria de D. Dinis.


segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Gosto do silêncio, mas não podia ser monja!



A região do Douro tem paisagens inigualáveis. Vendo-as, à cabeça - consolados que ficam os olhos - vêm-me palavras como beleza, perfeição… 

E há lugares onde mora o profundo silêncio. Nada se ouve, talvez para se ver tudo melhor.

E eu, que gosto do silêncio,  penso para mim ao fim de algum tempo: também me faz falta ver pessoas. Não, não podia ser monja!!!

Isto ocorre-me talvez por aquelas belíssimas paisagens terem a marca da mão humana, reveladora de um trabalho quase divino.


sábado, 7 de setembro de 2024

Tanta coisa aconteceu neste verão!

 

Gosto de chuva mansa, sobretudo quando o quintal e o jardim precisam de água. E não só, é claro, porque a seca vai rasgando o manto da terra.

Fiquei contente quando vi os pingos de chuva a escorrer na janela. Era pouca, mais ou menos como quando o meu neto pega no restinho de água dos copos e deita nas plantas porque também têm sede como nós.

A terra com esta chuva não ficará saciada, mas, pelo menos, refrescada.

Talvez seja o outono a aproximar-se ou pingos de cansaço do verão cada vez mais quente.

Tanta coisa aconteceu neste verão. Felizmente, ainda há calma e paciência para se olharem os pingos de chuva, ainda que escassos.


Bom fim de semana!

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Queria ter coragem de desligar!


Sempre gostei de ver debates sobre os mais variados temas, nos quais também cabe a política.

Mas às vezes fico irritada com o que vejo e oiço (não só com o discurso deste governo!) e, se não mudo de canal, ainda mais irritada fico, sobretudo comigo própria.

Irrita-me, por exemplo, ouvir perguntas a políticos e estes desviarem-se habilmente do que é perguntado, respondendo com coisas vagas, atribuindo culpas aos antecessores, apregoando projetos  para o futuro, ou fazendo crer que tudo é ‘cristalino e transparente’, não se importando, porém, de tornar as coisas ainda mais opacas.

Também me irritam frases feitas que mais não são do que modos de chutar para canto problemas impopulares que não dão votos.

Por exemplo, o caso da privatização da TAP dava para uma tese. São tantos os argumentos, os contra-argumentos, as defesas, as acusações, as verdades de uns que são mentiras para outros tantos…

Outra afirmação que irrita é ouvir políticos acusados e, alegadamente, com provas, afirmar, angelicamente, que têm a consciência tranquila!!!!

E penso para mim própria: era bem melhor continuar a leitura do livro, ao menos, aprendia alguma coisa!

E penso também: ao longo da vida, vamos aprendendo tanto e uma coisa simples como desligar a televisão às vezes ainda custa!


quinta-feira, 5 de setembro de 2024

‘Avó, qual é o mais pior?’

 

Nestas férias, a minha neta - a Clarinha que vive em Londres - esteve cá bastante mais tempo do que é costume, por razões que estão no post anterior.

Eu cheguei a dizer que ‘há males que vêm por bem’, porque assim a Clarinha consolou-se de brincar com os primos e ficou a falar melhor em português. Ah, e aprendeu a andar melhor de bicicleta. Oh, happy days!

E foi captando muito do que ouvia. 

Um dia, perguntou- me: Ó avó, qual é o mais pior,  é dizer Poça!, ou dizer Fogo!?

Embora não goste muito de estar sempre a corrigi-la (até porque acho piada a certas expressões e não quero que se sinta constrangida), aproveitei para fazer a pergunta mais corretamente e ela repetiu ‘qual é o pior’…

Pois bem, pensei uns segundos e respondi:

- Eu acho que é Fogo!, querida.

De repente, ouviu os primos e foi a correr brincar com eles. 

E assim não me perguntou porquê!!!



quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Também gosto muito, disse eu!


 
Uma amiga partilhou esta canção comigo. 
Também gosto muito, disse-lhe eu.
Obrigada.


terça-feira, 3 de setembro de 2024

‘Ainda tenho tanta coisa que gostava de fazer!’


Com o início destas férias de verão veio um crescente cansaço e com ele os costumeiros comentários e conselhos:

- É do calor. Tens de descansar mais. Também não paras!

O melhor era mesmo fazer as análises já prescritas há bastante tempo. 

Por email, chegaram os resultados. No meio de letras e números pequeninos, apareciam os valores de uma anemia. Das grandes. 

Em poucos dias, sucederam-se exames. O primeiro -  colonscopia - deu logo o alerta.

Como é possível? Não doía nada! Tudo parecia normal.

Em casa, entravam palavras até então pouco usuais: ferro, consulta, hospital, internamento…

- E agora? E as vossas férias já marcadas?

E eu que não gosto nada de estragar a festa!

- Mãe, há prioridades. O que é preciso é resolver isto quanto antes.

E, num sábado de agosto, veio a cirurgia.

- Como se sente? Correu tudo bem!

Que bom, então.

E ontem a consulta sobre o que já se sabia  sobre o intruso no intestino, que, felizmente, deixou limpas as proximidades da área, onde se tinha instalado e donde foi retirado.

Que alívio!

Mas logo veio a comunicação (já esperada) de quimioterapia e, com ela, as necessárias explicações sobre esse tratamento preventivo.

- Concorda?

- Claro que sim, senhora doutora, se tem de ser…

É que gostava ainda de fazer tantas coisas!


Nota 1 - Façam(os) os exames que os médicos ou  o SNS aconselham. Embora nem sempre apeteça, pode ser que não tenhamos tantos percalços, e sejamos mais felizes, bem como aqueles que nós amamos e que nos amam também.


Nota 2 - Muita saúde para todos e festejemos  a beleza da luz de cada dia. 


domingo, 1 de setembro de 2024

Por falar em Escola…


 Apesar de terem passado muitos anos, tenho  bem presente o meu tempo de conselho diretivo numa escola secundária. As minhas filhas eram muito pequenas e eram quase sempre as últimas a sair da escola (privada que frequentaram até ao quarto ano, passando, depois, para o ensino público até final dos cursos), porque o trabalho na escola parecia multiplicar- se.

Apesar de muito trabalho, tanto na escola como em casa, foram quatro anos que me trouxeram muita felicidade, apesar de muitos constrangimentos. Nesse tempo, as equipas  que geriam as escolas eram eleitas por todos os docentes, ao contrário de agora em que a eleição é feita por um conselho de representantes da comunidade escolar e educativa.

 Nesse tempo, para gerir a escola, não era necessário ter cursos específicos de gestão escolar. Valia-nos o gosto pela boa gestão e harmonia daquela comunidade para a qual havia muito trabalho comum. Ah, e um grande amor ‘pela camisola’. No entanto, sou a favor de cursos de maior especialização.

Os serviços não estavam informatizados como agora. Com tentativas e erros, trabalhávamos no sentido da melhoria dos diferentes setores. Por exemplo, ver os equipamentos da cantina mais modernos foi uma alegria, porque, assim, alunos, professores e funcionários passariam a ter melhores condições de trabalho e de utilização.

Uma área que muito fascinava era ver sucessos dos alunos, fossem eles na avaliação, na participação em atividades, etc., áreas em que muitos professores se empenhavam de alma e coração e em que funcionários também colaboravam.

Foi um tempo de grande entusiasmo e aprendizagem, embora momentos menos bons também existissem, como é natural, e que tentávamos superar.

Em todos os tempos, a gestão escolar - quando desenvolvida de porta aberta - não é fácil e a exigência sempre foi crescente.

Conheço muitos casos de grande dedicação e competência, tanto do passado como no presente. Possa assim continuar porque a vida da escola é um mundo.

 E todos esperam e desejam um Mundo em progresso e sempre melhor.