quinta-feira, 20 de abril de 2023

As escadas rolantes e os namorados

 

Já tenho ouvido e tenho reparado que nos tapetes rolantes de centros comerciais há beijinhos, sorrisos, mãos dadas e outros afetos. Não deixa de ser bonito e bom para quem aproveita esse tempo que parece mais livre e mais lento.

Só que às vezes o par carinhoso impede a passagem de quem está atrás e nem repara. 

Se tenho tempo, deixo que os mimos continuem, não me aproximo muito e vou olhando à minha volta. Se estou com pressa, com licença, com licença, sem deixar de pensar que estou a interromper um bom momento. 

 

8 comentários:

  1. Já reparou como o movimento e o ser-se transportado predispõe a tanta coisa Maria Dolores?
    Quando leio estes seus bocadinhos de quotidiano, lembro-me sempre dos "flagrantes da vida real" da antiga Reader's Digest.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Bom dia, Joaquim Ramos. Trouxe-me à memória uma revista que tínhamos em casa e que me habituei a folhear e a ler desde miúda. Julgo que o meu pai era assinante. Nem sei se a revista ainda existe.
      Sabe, como não sei desenhar nem pintar, vou fazendo pequenos retratos de algumas coisas do quotidiano com palavras.
      E não imagina como fico feliz quando deparo com esses momentos.
      Um dia feliz para si.

      Eliminar
  2. Bom dia
    Um texto lindo de momentos também lindos.

    JR

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O amor é sempre lindo, nem que seja visível em escadas rolantes. Escusavam às vezes era de ocupar os lados esquerdo e direito dos tapetes rolantes, mas como o amor é cego!!!

      Eliminar
  3. Não seja mazinha. Deixar os "passarinhos" se beijarem. É tão bonito.
    .
    Saudações cordiais.
    .
    Poema: “” Traições são trilhos sem nada ””…
    .

    ResponderEliminar
  4. Ah ah ah! Também acho bonito. Não acho piada é quando quero avançar e fico ali na seca, para não interromper.
    Um dia também bonito para si.

    ResponderEliminar
  5. Olha que chatice, nunca encontrei um parzinho desses, esquecido em si:).

    ResponderEliminar
  6. A sério que não, Bea? Então, tem de vir ao Porto, por exemplo, ao Alameda!

    ResponderEliminar