sábado, 5 de novembro de 2022

Sábado de tarde

 

Na sala, a mãe ajuda a filha a fazer o trabalho de casa. Ouve-se o estímulo por palavras. De paciência e alento. Hoje é sábado, há mais tempo, vê-se a chuva que pinga por todo o lado e as folhas em queda pelo vento de outono amontoam-se no chão molhado.

Pela janela, olha-se o amarelo avermelhado das árvores que vão desprendendo as folhas que se tornaram supérfluas.

À tarde vai-se recolhendo, fria e fechando-se à luz do dia.

Nas casas à volta não se vê ninguém e um carro de vez em quadro reduz o silêncio mas só por instantes. No quarto ao lado, ouve-se uma música suave que não distrai  o silêncio da tarde.

Em horas quietas assim, sossegam as inquietudes, ruídos e pressas de tantos dias. 

Para muitas pessoas, esta serenidade é um luxo, por desábito (não sei se a palavra existe) ou impossibilidade.  

Deixem acreditar que não é luxo falar da beleza destes momentos.

Bom fim de semana para todos.

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