sábado, 20 de agosto de 2022

Dias de Londres - O jantar também de celebração

  

   Depois da defesa de uma tese de doutoramento, várias professoras, ainda jovens, ligadas à mesma Faculdade em Londres foram jantar. Eram todas europeias, mas cada uma de um país diferente. Para além do amor à ciência, uniam-nas experiências de vida comuns. Todas tinham saído dos seus países para prosseguirem estudos no Reino Unido, chegando à situação atual de professoras universitárias, graças ao trabalho realizado. 

E diziam que em boa hora o tinham feito, porque, a partir de agora, seria quase impossível realizar o trabalho de lecionação e investigação da mesma forma. Para tal, seria necessário um visto e o custo do ingresso nos cursos seria incomportável. Só para os muito ricos. Como se ainda não bastasse, após a conclusão desses estudos, o mais certo seria ter de abandonar o país, o que a elas já não deveria acontecer por terem, felizmente, atingido o estatuto de residentes no país, conseguido antes do governo de Boris Johnson.

Com  as novas regras ditadas pela atual governação, o país ficará mais pobre quanto à evolução cientifica.

Porém, só se dará conta disso quando a poeira do Brexit assentar e este tempo de balbúrdia e de cegueira separatista conhecer algumas tréguas. Pelo menos.

 

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