Sou fã do caderno Ideias do jornal Expresso. Nele, vem uma crónica, que não costumo perder, de Ricardo Dias Felner, com o título sugestivo de ‘O Homem que Comia Tudo’, sobre gastronomia e restaurantes. O cronista parece ser honesto, conhecedor e exigente nas apreciações e nas sugestões que apresenta, falando de todo o tipo de restaurantes e de comidas onde moram bons e consoladores sabores, não necessariamente caros.
Ora, na crónica de 15 de novembro último, com o título “Isaltino e os restaurantes”, a dado momento, o cronista diz:
“Na sequência disso, Isaltino foi para as redes sociais promover alguns dos restaurantes locais que tinham beneficiado dos dinheiros públicos
- sugerindo que os gastos haviam sido em prole da extraordinária gastronomia oeirense, mais do que em prole do seu extraordinário estômago.“
Como se vê neste excerto, o cronista repete a palavra ‘prole’ que é mal utilizada, neste contexto. O que ele quereria escrever era ‘prol’, que significa a favor de, em defesa de, em proveito de...
Por exemplo: Todas as semanas, ele escreve em prol da boa gastronomia.
A palavra 'prole', por sua vez, significa descendência...
Por exemplo: Ao domingo, o casal costuma ir ao restaurante com a sua prole (com os filhos).
Assim, vemos que até uma simples letra pode fazer a diferença. E de que maneira. É como uma bela sobremesa com um ingrediente que entrou por engano!
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