sábado, 15 de setembro de 2018

Sugar

Vou falar de novo de West Hampstead, em Camden, no noroeste de Londres. 
Ao sábado, há uma feira de produtos locais. Ele é mel,  fruta da época, hortaliças, legumes, etc.
Nesse dia, veem-se muitas pessoas que se abastecem com produtos, muitos deles biológicos, para a semana.
É bonito de se ver, como em muitos sítios, aliás, as pessoas a dispensarem os sacos de plástico porque trazem o seu próprio saco onde cabem as compras.
Bem perto desse mercado semanal, há, na rua, um vendedor de livros usados. Até há pouco tempo, estava sempre acompanhado de um cão que só tinha três patas mas que, junto do seu dono, parecia feliz.
Como o cão era um ser vivo, faleceu e há pouco tempo. O dono, o vendedor de livros usados,  com saudades do seu velho companheiro, colocou uma lápide redonda na parede onde instala  sempre a sua pequena banca. Nela gravou uma doce homenagem ao amigo de muitos anos que lhe tinha adoçado muitos dias.
Ao sábado, como é dia de mercado, há mais pessoas que reparam no epitáfio e ficam enternecidas.
A encimar o pequeno disco redondo, lê-se Sugar. Sugar era o nome do cão.

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