Não sei o que se passa comigo
Só me apetece arrumar
Armários e gavetas
Que não quero entulhar
Separo roupas antigas
E também limpo a poeira
Que se vai acumulando
Durante uma vida inteira
E lá vou pondo em sacos
Coisas pra dar ou contentor
Ou para a loja social
Onde se vendem restos de amor
E durante a arrumação
Não deixo de me lembrar
Do mundo desarrumado
Que o Poder quer conservar
O mundo não é sempre igual
Mas ver afastar a verdade
Ao mundo faz muito mal
E vai arrumando com a Liberdade!
Sem comentários:
Enviar um comentário