No Domingo de Ramos, há muitos muitos anos, a minha irmã e eu íamos à missa das nove e meia e levávamos um raminho para benzer. Era a minha mãe que o fazia. No ramo, havia sempre alecrim, oliveira e flores do nosso jardim. Lembro-me sobretudo dos goivos. Muito perfumados.
Benzido o ramo, a minha mãe conservava-o para ajudar a proteger-nos das trovoadas.
Hoje, logo de manhã, levei-lhe um raminho de flores variadas que colhi no meu jardim e pu-las na jarra, bem perto da foto em que está sorridente ao lado do meu pai.
Porém, no ramo que deixei, não havia oliveira, porque não tenho; nem alecrim porque me esqueci; nem goivos porque falta-nos sempre alguma coisa. Ou é alguém?
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