quinta-feira, 26 de setembro de 2024
quarta-feira, 25 de setembro de 2024
Tudo boa rapaziada!
Tal como muitos portugueses que estão mais por casa, tenho acompanhado a guerra, ou melhor, guerrilha, por causa do orçamento de estado. Ele é uma chuva de comunicados, de encontros que para uns são secretos e para outros apenas discretos; de palavras trocadas e escondidas pela mão para ninguém perceber; de sorrisos cínicos seguidos de palavras que se dizem transparentes; subidas e descidas de escadas como numa sorridente passerelle com o modelo mais atraente; afirmações que se fazem como se fossem definitivas e que duram apenas enquanto duram…
E não podia faltar o famoso ‘irrevogável’ que Paulo Portas inaugurou um dia, palavra que, a partir daí, passou a significar também ‘isto não é para levar a sério’!
E muita da rapaziada da cena política vai dizendo, com ar sério e patriarca, que tudo faz e que tudo fará para o bem das portuguesas e dos portugueses - como agora se diz para que a pose na fotografia fique numa moldura melhor.
Se assim é, porque existem tantos jogos, tantas mentiras, tantas meias verdades, tanto amor próprio e não pelo próximo, tanta sede pela fonte do poder?!
Entendam-se, rapazes, e não nos arrastem para eleições que ficam muito caras e nos cansam cada vez mais, de tão frequentes que têm sido.
Se a guerrilha continua, muita gente se interrogará:
Será que é/está boa esta rapaziada?
sábado, 21 de setembro de 2024
‘A paz sem vencedor e sem vencidos’
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidosQue o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça.
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
.
sexta-feira, 20 de setembro de 2024
Chove
Vem, chuva, és um bem tão necessário
Depois de dias e noites de calvário
Vem sossegar os nossos fogos
Que chamam e angustiam
Os visíveis e os invisíveis
Dentro e fora de nós
Para que possamos sentir
Que afinal não estamos sós.
És tão necessária, chuva,
E não estou a pensar só no meu quintal
O espaço em que se vive
É bem maior e alargado
Embora seja justo que cada um
Queira proteger o seu quintal
Mas não culpando sempre os outros
Do que acontece de mal.
Vem, chuva, mas não percas a brandura
Para que a afogueada secura
Não atropele mais o chão
Precisamos de mais calma
Verdadeira e sincera
Que não escape à nossa mão!
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
Quem pergunta ofende?
- Muitos dos atuais incêndios rurais acontecem ou aconteceram em zonas onde vivem pessoas (às vezes poucas) pobres e velhas. Se assim não fosse, teria havido meios mais céleres e eficazes para apagar esses fogos?
- Que resposta teria sido dada pelas autoridades aos autarcas que se queixaram de não terem ajuda, perante o avançar das chamas atingindo populações?
- O governo quer que as contas dos prejuízos com as áreas queimadas sejam rápidas. Vão também substituir o provérbio ‘Depressa e bem há pouco quem?’
Bom dia a todos e que esta vaga de incêndios termine o mais depressa possível.
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
Em pleno inferno, também se elogia!
O famoso jornal londrino não foi indiferente ao inferno que muitas regiões do nosso país estão a viver, incluindo Gondomar.
O fogo também rondou o meu quintal e terrenos vizinhos, sob grande ventania e escuridão, apesar de ocorrer em pleno dia, em cenário assustador. Voavam partículas a arder que aonde chegavam pegavam fogo. Valeu a ajuda preciosa de todos os moradores. Como em inúmeros lugares por esses terríveis incêndios fora.
Os fogos atormentam agora outras zonas a que chamamos ‘alto do concelho’, sendo muita gente obrigada a abandonar as suas casas.
Quem vive os incêndios quer sempre a presença dos bombeiros, mas estes avançam, o que se compreende, para males maiores como casas em risco. Possam os bombeiros em breve descansar de tanta exaustão, porque são mesmo soldados da paz, apesar da escassez de recursos.
E, neste momento, estou a ouvir (talvez) os canadairs tão necessários e bem-vindos. Ainda bem.
Mas, voltando à notícia do jornal The Guardian, a foto mostra Covelo, em Gondomar. Nesse lugar, mora uma senhora que trabalhou uns quarenta anos em minha casa. Ficámos amigas e todos nós reconhecemos as qualidades dela. Neste momento tão difícil para tantas populações, realço uma das suas práticas: manter uma faixa sempre limpa do terreno junto à casa.
Muitas pessoas e autarquias deviam seguir-lhe o exemplo. Não evitaria este horror provocado por fenómenos naturais e, com certeza, por mão criminosa, mas reduziria tanto sofrimento.
Obrigada, Rosa, por, anonimamente, seguir o lema: ‘olha para o que eu faço’ e não o lema de muitos políticos: ‘olha para o que eu digo’.
segunda-feira, 16 de setembro de 2024
E não custa nada!
Conheço casas com jardins ou quintais - ainda que pequenos - onde há uma mesa, uns bancos, mas onde ninguém descansa um pouco ou desfruta das plantas que estão à volta, do céu que nunca se esconde, mesmo com nuvens, não aproveitando nunca esses bens simples e bons.
Esses bancos, onde as pessoas se podiam sentar tranquilamente de vez em quando para manterem ou recuperarem energias, servem muitas vezes para pousar coisas utilitárias que podiam viver noutro lugar e deixar aquele espaço mais livre e mais convidativo. E mais bonito.
Muitas vezes, as pessoas têm as coisas, mas não lhes cumprem a função. Parece que é pecado parar e não fazer nada de vez em quando, se o corpo e a alma pedem um pouco de repouso, ou simplesmente apetece e a paragem a ninguém prejudica.
Parar quando se pode também é preciso, sem culpas nem receios de lembrar a preguiça. E a preguiça, cujo peso pecaminoso se foi esbatendo com o tempo, também pode ser necessária para o equilíbrio humano.
E se se tem um banco no jardim ou no quintal, por que não dar-lhe uso? São dois em um e quem o faz fica a ganhar. E também quem está à sua volta, incluindo as plantas se as houver. Parando um pouco, ouvindo sons da natureza, cresce a atenção aos pormenores e àquilo que escapa quando a pressa e a azáfama não deixam ver as diferentes cores e muito menos as tonalidades.
Ter as coisas e não as usar também é desperdício e, cada vez mais, temos de as ulilizar o melhor possível. Sobretudo quando não custa nada.
sábado, 14 de setembro de 2024
Olivença, de quem és tu?
Imagem da net |
Gostava de ir a Olivença
Terra que não conheço
Muito pertinho de Beja
Para uns é portuguesa
Para outros espanhola
E todos terão razão
Uns dizem ser espanhóis
Outros dizem que Portugal
Lhes está no coração!
E ontem o ministro da defesa
Em cerimónia militar
Vestiu fato de líder político
E mesmo sem ser o momento
Abriu o seu pensamento
E lembrou que Olivença
Pertence a Portugal
Servindo o assunto do dia
Mesmo sem pôr avental!
E logo criou incómodo
Em pelouros do poder
Que resolveram calar
Porque não era lugar
Pra tal assunto trazer!
E o vento foi despenteando
O farto cabelo branco
Do ministro que é cioso
Da terra de Olivença
Que entende ser pertença
Do nosso Portugal
Que é dono do ‘bocadinho’
Que está do lado de lá
Mas que por justo direito
Pertence ao lado de cá.
Ainda vai ouvir raspanete
Do seu chefe e primeiro ministro
Que gosta de brilharete
E de apregoado recato
E não do que gera polémica
E que se possa dizer
‘Este ministro é um prato’!
sexta-feira, 13 de setembro de 2024
E estas também são flores…
Porém, as abelhas querem-lhes bem porque sem flores - incluindo as bravias e espontâneas - não têm alimentos e não sobrevivem.
E a humanidade, sem abelhas, também não.
quinta-feira, 12 de setembro de 2024
segunda-feira, 9 de setembro de 2024
Gosto do silêncio, mas não podia ser monja!
A região do Douro tem paisagens inigualáveis. Vendo-as, à cabeça - consolados que ficam os olhos - vêm-me palavras como beleza, perfeição…
E há lugares onde mora o profundo silêncio. Nada se ouve, talvez para se ver tudo melhor.
E eu, que gosto do silêncio, penso para mim ao fim de algum tempo: também me faz falta ver pessoas. Não, não podia ser monja!!!
Isto ocorre-me talvez por aquelas belíssimas paisagens terem a marca da mão humana, reveladora de um trabalho quase divino.
sábado, 7 de setembro de 2024
Tanta coisa aconteceu neste verão!
Gosto de chuva mansa, sobretudo quando o quintal e o jardim precisam de água. E não só, é claro, porque a seca vai rasgando o manto da terra.
Fiquei contente quando vi os pingos de chuva a escorrer na janela. Era pouca, mais ou menos como quando o meu neto pega no restinho de água dos copos e deita nas plantas porque também têm sede como nós.
A terra com esta chuva não ficará saciada, mas, pelo menos, refrescada.
Talvez seja o outono a aproximar-se ou pingos de cansaço do verão cada vez mais quente.
Tanta coisa aconteceu neste verão. Felizmente, ainda há calma e paciência para se olharem os pingos de chuva, ainda que escassos.
Bom fim de semana!
sexta-feira, 6 de setembro de 2024
Queria ter coragem de desligar!
Sempre gostei de ver debates sobre os mais variados temas, nos quais também cabe a política.
Mas às vezes fico irritada com o que vejo e oiço (não só com o discurso deste governo!) e, se não mudo de canal, ainda mais irritada fico, sobretudo comigo própria.
Irrita-me, por exemplo, ouvir perguntas a políticos e estes desviarem-se habilmente do que é perguntado, respondendo com coisas vagas, atribuindo culpas aos antecessores, apregoando projetos para o futuro, ou fazendo crer que tudo é ‘cristalino e transparente’, não se importando, porém, de tornar as coisas ainda mais opacas.
Também me irritam frases feitas que mais não são do que modos de chutar para canto problemas impopulares que não dão votos.
Por exemplo, o caso da privatização da TAP dava para uma tese. São tantos os argumentos, os contra-argumentos, as defesas, as acusações, as verdades de uns que são mentiras para outros tantos…
Outra afirmação que irrita é ouvir políticos acusados e, alegadamente, com provas, afirmar, angelicamente, que têm a consciência tranquila!!!!
E penso para mim própria: era bem melhor continuar a leitura do livro, ao menos, aprendia alguma coisa!
E penso também: ao longo da vida, vamos aprendendo tanto e uma coisa simples como desligar a televisão às vezes ainda custa!
quinta-feira, 5 de setembro de 2024
‘Avó, qual é o mais pior?’
Nestas férias, a minha neta - a Clarinha que vive em Londres - esteve cá bastante mais tempo do que é costume, por razões que estão no post anterior.
Eu cheguei a dizer que ‘há males que vêm por bem’, porque assim a Clarinha consolou-se de brincar com os primos e ficou a falar melhor em português. Ah, e aprendeu a andar melhor de bicicleta. Oh, happy days!
E foi captando muito do que ouvia.
Um dia, perguntou- me: Ó avó, qual é o mais pior, é dizer Poça!, ou dizer Fogo!?
Embora não goste muito de estar sempre a corrigi-la (até porque acho piada a certas expressões e não quero que se sinta constrangida), aproveitei para fazer a pergunta mais corretamente e ela repetiu ‘qual é o pior’…
Pois bem, pensei uns segundos e respondi:
- Eu acho que é Fogo!, querida.
De repente, ouviu os primos e foi a correr brincar com eles.
E assim não me perguntou porquê!!!
quarta-feira, 4 de setembro de 2024
Também gosto muito, disse eu!
terça-feira, 3 de setembro de 2024
‘Ainda tenho tanta coisa que gostava de fazer!’
Com o início destas férias de verão veio um crescente cansaço e com ele os costumeiros comentários e conselhos:
- É do calor. Tens de descansar mais. Também não paras!
O melhor era mesmo fazer as análises já prescritas há bastante tempo.
Por email, chegaram os resultados. No meio de letras e números pequeninos, apareciam os valores de uma anemia. Das grandes.
Em poucos dias, sucederam-se exames. O primeiro - colonscopia - deu logo o alerta.
Como é possível? Não doía nada! Tudo parecia normal.
Em casa, entravam palavras até então pouco usuais: ferro, consulta, hospital, internamento…
- E agora? E as vossas férias já marcadas?
E eu que não gosto nada de estragar a festa!
- Mãe, há prioridades. O que é preciso é resolver isto quanto antes.
E, num sábado de agosto, veio a cirurgia.
- Como se sente? Correu tudo bem!
Que bom, então.
E ontem a consulta sobre o que já se sabia sobre o intruso no intestino, que, felizmente, deixou limpas as proximidades da área, onde se tinha instalado e donde foi retirado.
Que alívio!
Mas logo veio a comunicação (já esperada) de quimioterapia e, com ela, as necessárias explicações sobre esse tratamento preventivo.
- Concorda?
- Claro que sim, senhora doutora, se tem de ser…
É que gostava ainda de fazer tantas coisas!
Nota 1 - Façam(os) os exames que os médicos ou o SNS aconselham. Embora nem sempre apeteça, pode ser que não tenhamos tantos percalços, e sejamos mais felizes, bem como aqueles que nós amamos e que nos amam também.
Nota 2 - Muita saúde para todos e festejemos a beleza da luz de cada dia.
domingo, 1 de setembro de 2024
Por falar em Escola…
Apesar de terem passado muitos anos, tenho bem presente o meu tempo de conselho diretivo numa escola secundária. As minhas filhas eram muito pequenas e eram quase sempre as últimas a sair da escola (privada que frequentaram até ao quarto ano, passando, depois, para o ensino público até final dos cursos), porque o trabalho na escola parecia multiplicar- se.
Apesar de muito trabalho, tanto na escola como em casa, foram quatro anos que me trouxeram muita felicidade, apesar de muitos constrangimentos. Nesse tempo, as equipas que geriam as escolas eram eleitas por todos os docentes, ao contrário de agora em que a eleição é feita por um conselho de representantes da comunidade escolar e educativa.
Nesse tempo, para gerir a escola, não era necessário ter cursos específicos de gestão escolar. Valia-nos o gosto pela boa gestão e harmonia daquela comunidade para a qual havia muito trabalho comum. Ah, e um grande amor ‘pela camisola’. No entanto, sou a favor de cursos de maior especialização.
Os serviços não estavam informatizados como agora. Com tentativas e erros, trabalhávamos no sentido da melhoria dos diferentes setores. Por exemplo, ver os equipamentos da cantina mais modernos foi uma alegria, porque, assim, alunos, professores e funcionários passariam a ter melhores condições de trabalho e de utilização.
Uma área que muito fascinava era ver sucessos dos alunos, fossem eles na avaliação, na participação em atividades, etc., áreas em que muitos professores se empenhavam de alma e coração e em que funcionários também colaboravam.
Foi um tempo de grande entusiasmo e aprendizagem, embora momentos menos bons também existissem, como é natural, e que tentávamos superar.
Em todos os tempos, a gestão escolar - quando desenvolvida de porta aberta - não é fácil e a exigência sempre foi crescente.
Conheço muitos casos de grande dedicação e competência, tanto do passado como no presente. Possa assim continuar porque a vida da escola é um mundo.
E todos esperam e desejam um Mundo em progresso e sempre melhor.
quinta-feira, 29 de agosto de 2024
Eu não, obrigada!
Não sei se está a ser aceite ou não a proposta do governo de os professores reformados poderem continuar a dar aulas. Pode até ser uma medida que ajude a resolver o grande problema da falta de professores, mas parece-me que revela desconhecimento da vida das escolas, por parte dos decisores,
Quase todos os professores em final de carreira e, sentindo grande cansaço, anseiam por vir para casa e fazer outras coisas para as quais não tinham tido tempo enquanto lecionavam.
Ora, querer continuar na escola ou a ela voltar implica que os professores em fim de carreira gostem muito da escola, que o seu trabalho seja reconhecido pela direção e pela comunidade; o salário seja estimulante e saibam claramente o que vão fazer.
Para juntar a este leque, existirão, por certo, alunos, que, logo no primeiro contacto, dirão: mais um velhote.
Também os colegas mais jovens olharão (desculpem se tal não acontece) a generalidade dos já reformados como seres muito dependentes da escola, mas que pouco sabem de coisas fundamentais nos nossos dias como são as novas tecnologias.
A classe docente está bastante envelhecida e os que amam a Escola e a Educação gostariam de ver mais jovens a ingressar na profissão docente, mas será que fazer mais sacrifícios e ter mais constrangimentos depois de tantos anos de trabalho vale a pena?
Não conheço ninguém que vá continuar na escola após a reforma, mas, se houver professores que o façam, parabéns pela força e coragem.
No entanto, conheço docentes que continuam na escola, não para dar aulas, mas em funções ligadas, nomeadamente, à arte, à ciência, às bibliotecas…. Nesse caso, poderá ser estimulante, mas, mesmo assim, só se for compensador e uma mais-valia pessoal.
Vou repetir uma ideia já por demais dita e redita:
Deixem-nos descansar, deixem-nos viver sem cumprir tantas obrigações. Sem o tic-tac do relógio, que torna a vida ainda mais breve.
A menos que a vida seja, assim, mais feliz, mas, nas circunstâncias atuais, não me parece.
segunda-feira, 26 de agosto de 2024
Ouvir falar muito também cansa!
O post anterior era um diálogo entre duas pessoas - uma não sabia ouvir os outros e preferia falar, faltando-lhe empatia para ver que estava a ser incómoda pela situação frágil de quem estava do outro lado, recém-operada, e que precisava de descanso e não de ouvir longas peripécias.
Todos conhecemos pessoas assim: esquecem-se - mesmo sem querer e sem ser por mal - das necessitadas da pessoa com quem estão a interagir e não descolam de si. Muitos de nós somos assim, em diferentes doses. Também me acontece, infelizmente, e fico triste quando caio em mim.
O amigo JR até pensou que era piada e fez-me voltar ao texto. Podia ser graça, mas existem situações idênticas. Alguém está doente, mas o interlocutor acha que esteve ou está ainda pior, contando todos os pormenores como se fossem únicos.
Faz lembrar o ‘Não se esqueça do que vai dizer’, intercalando um longo relato de algo que se passou e que, facilmente, faz cair o que ia ser dito pela outra pessoa.
Ouvimo-nos muito mais a nós do que às outras pessoas. Muitas vezes falamos mais do que ouvimos. Nalguns casos, até nem é grave; noutros, é uma seca que só com muito controle não seca a paciência!!! Ou provoca ainda mais cansaço a quem precisa de o vencer.