Nunca fui muito gastadora, mas acho que já fui mais gastadora do que sou hoje. Ia mais a lojas e não resistia a algumas compras não muito necessárias mas que me atraíam no momento.
Agora, dou comigo a olhar para o que tenho no guarda-fatos e a pensar que, afinal, tenho que chegue e que sobre para usar e variar.
Os lojistas é que não devem gostar muito desta conclusão a que muita gente vai chegando, pensando na sua bolsa e na proteção do ambiente.
Porém, como noutros setores, o tempo é de procurar, criativamente, novas alternativas. E, por enquanto, acho que pelo menos as grandes lojas continuam a faturar e a faturar. As mais pequenas é que talvez não, e tantas vezes com coisas bonitas, diferentes e de boa qualidade.
Que me desculpem, mas, mesmo nessas não tenho entrado. Numas, fico confusa com a fartura de coisas tantas vezes remexidas e desarrumadas; noutras, porque já prevejo a reação: não sei se temos o tamanho!!!
Como a maioria das mulheres, gosto de ver montras, saber o que se usa, as cores, os pormenores. Mas é verdade que pouco compro da estação. Dou-me a um luxo ou dois e só em saldo, o que tem uma desvantagem, pouco se pode escolher dentro do número que vestimos. O resto sou eu na second hand a experimentar isto e aquilo e a concluir com mágoa que as peças mais bonitas ou estão grandes ou pequenas:). Mas devo dizer que, se há dias em que não apetece experimentar roupa, outros existem em que é salutar prazer. E com a atenuante de não darmos trabalho aos funcionários (sef service) e podermos andar por ali durante horas e à vontade. É o que faço nos dias pacientes:))). Distrai-me e iguala-me a toda a gente. São as únicas lojas onde encontro outras clientes que falam comigo, dão opiniões como se sejamos vizinhas ou coisa assim. Sempre tive a ilusão de ir a compras com amigas; que me recorde, só o fiz uma vez.
ResponderEliminarÉ verdade que, até à morte, não necessito mais compras, só tenho um corpo. Mas um dos meus mais esporádicos prazeres é adquirir sem peias algo de que gosto, na cor que prefiro. E o recreio do olhar também faz falta. Não o olhar dos outros que a cada dia me interessa menos - será próprio da velhice? - mas o meu contentamento de usar peça que me deleita o ego.
Boa Páscoa, Maria Dolores