Consciente de que a empatia nem sempre é fácil, ultimamente, a palavra tem-me visitado várias vezes. Talvez por conhecer de perto faltas de empatia ou porque em diferentes situações também não tive essa capacidade que facilita a comunicação entre as pessoas, aproximando-as, tornando-as mais felizes e menos sós.
Num dos últimos episódios de "Os filhos da madrugada", na RTP 3, a
entrevistada - Luísa Semedo, nascida em 1977, que viveu uma boa parte da sua vida no bairro da Serafina, em Lisboa, que
se doutorou na Sorbonne e que é professora de Filosofia numa escola
secundária em França - referiu-se à empatia dizendo que era a capacidade
de nos pormos na pele dos outros, sabendo, porém, que os outros têm a sua
própria identidade. Gostei de ouvir esta última parte porque ser
empático, sentir a dor ou a alegria do outro não é invadir a sua liberdade
ou a sua autonomia nem agir em sua vez.
Já não sei se foi a este propósito que
Luísa Semedo referiu o importante papel dos outros na sua vida, nomeadamente
daqueles que participam da evolução do mundo através de trabalhos, muitos deles
realizados coletivamente, mas que têm um enorme valor, podendo marcar quem os conhece.
E dei comigo a pensar como os blogues que sigo - não são muitos e, nos últimos tempos, não os frequento de forma tão assídua como eu gostaria - são importantes para mim e me permitem tantas aprendizagens, para além do prazer de os ler e da identificação ou empatia que sinto em muitos domínios.
Ou um
blogue simples e despretensioso como o meu - que também nos últimos tempos tem andado mais silencioso - me permite bons momentos de interação em que a empatia está presente. Como é bom quando tal acontece. Obrigada.
A empatia entre pessoas, na minha modesta opinião, está em vias de se extinguir... infelizmente.
ResponderEliminar.
Beijo se for de beijo
Abraço se for de abraço
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Deus queira que não. Sou mais otimista, então, embora reconheça que a empatia às vezes também anda mascarada.
ResponderEliminarUm bom fim de tarde.
A empatia é a delicadeza da convivência. Talvez seja isso que procuramos nos blogues dos outros; blogues, costumo eu dizer,são pontos de encontro em diferido. Parece-me difícil pormo-nos no lugar do outro. Admito, contudo, que seja mais fácil por e no escrito. No caso, a intenção não determina a acção, apenas fica escrita como intenção que não obriga a coisa nenhuma. Mas, quem sabe, para quem lê, valha alguma coisa.
ResponderEliminarBoa noite.
Bonita definição,Bea, da palavra empatia.
ResponderEliminarSim, talvez seja mais fácil pôr os sinais de empatia por escrito, mas muitas vezes tem de ser na hora e olhos nos olhos. Quando se consegue, de parte a parte, o momento grava-se feliz; quando não acontece, o melhor será aprender com ele ou então tentar esquecê-lo,o que nem sempre é fácil.
Ainda sobre os blogues: são janelas boas que nos permitem olhar para fora e para dentro de nós.
Ultimamente, com os afazeres familiares, abro menos estas janelas. Também neste aspeto, precisarei de gerir melhor o tempo, porque não quero que essas janelas se fechem.
Um feriado calmo e feliz, Bea.