terça-feira, 9 de novembro de 2021

De mãos dadas

 

Confesso que gosto de ver casais de mãos dadas, no seu outono da vida. E se se pressentir empatia, ainda acho mais bonito. E sorrisos sinceros também. E palavras carinhosas olhadas e escutadas e respondidas, então o momento é ainda mais belo.

É um tema que me ocorre com frequência. Talvez por isso, hoje, quando fui à  'minha cidade com mar ao fundo', deparei com dois ou três casais de mão dada. 

Estava um calorzinho ameno, o mar cintilava e esses casais, cada um no seu tempo e no seu espaço, passavam passeando tranquilos numa rua perpendicular ao mar.

Imaginei cada um desses casais à noite a dormitar no sofá - imagem não tão romântica assim. Mas talvez ainda procurassem as mãos um do outro antes de a noite ser noite.


14 comentários:

  1. Confesso que também gosto de ver um casal de mão dada. Quem o faz, transmite um carinho que emociona. Muito mais amoroso que caminhar abraçados, eu acho.
    .
    Cumprimentos poéticos.
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

    ResponderEliminar
  2. Um bonito texto... São coisas da vida :))
    *
    Informação importante da blogger...
    *
    Beijo, e uma excelente noite..

    ResponderEliminar
  3. Julgo que o mão na mão seja o modo mais gratificante e livre para andar com quem se gosta.

    ResponderEliminar
  4. Bom dia
    Andar de mãos dadas a passear em frente á praia , é dos maiores prazeres que tenho , ou até sentar num dos bancos do passadiço , simplesmente a ver o horizonte e os navios .

    JR

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Coisas aparentemente simples, mas tão boas. E ter o mar por perto aumenta prazeres a que cada um tem direito.
      Boa noite, Joaquim.

      Eliminar
  5. A cumplicidade e a ternura são os laços que unem um casal idoso, é cimento que os mantém juntos até haver vida - e testemunhar isso é emocionante!
    Excelente crónica!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigada, Justine. Estas palavras é que são excelentes. Gostei muito da ideia do 'cimento'. De facto, com ele, a vida fica mais segura.
      Uma boa noite.

      Eliminar
  6. Perto de mim há um casal, ainda não muito velho, com uma particularidade não muito vista, de o senhor gostar de andar de braço dado na mulher, em vez da senhora de braço dado nele. Vêem-se sempre juntos de tal modo, que quando às vezes encontro a senhora sozinha às compras sinto-a incompleta.
    O quadro que a Maria Dolores nos apresenta hoje é muito ternurento, eu não sei se estou no Outono da vida ou ainda no fim do Verão mas também gosto de dar a mão.
    Bom fim de tarde.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É engraçado notar a falta da outra parte, quando o Joaquim vê a senhora sozinha. Se há uma boa união entre ambos e se se sentem bem sempre juntos, tanto melhor.
      Ser ele a enfiar o braço pode ser por uma questão de conforto e segurança, não se importando com os usos e costumes que, muitas vezes, são sobretudo habituação.
      E faz muito bem em gostar de dar a mão, porque também esse gesto não escolhe estação.
      Eu referi o outono, porque, infelizmente, nessa fase da vida, há mimos que são por vezes esquecidos.
      Boa noite, Joaquim.

      Eliminar