Quando vai a Mindelo, e já o faz há um bom par de dezenas de anos, percorre quase sempre o mesmo passeio à beira-mar, toma um café quase sempre no mesmo sítio, compra pão na mesma padaria, olha para o mar nas mesmas direções, etc.
Mas as pessoas vão mudando. A cigana que vende roupa todos os verões envelheceu ou era outra familiar mais velha e o tempo confundiu-as. O cigano é que era de certeza o mesmo, mas menos direito e menos galã.
Viu uma mulher que ainda há poucos verões era menina.
A miúda do quiosque já lá não está e o quiosque também não.
O dono do café, fervoroso adepto do F.C.P, que recebe gente de diferentes clubes, começou muito novo. Agora tem o cabelo grisalho e precisa de óculos para temperar as delícias que são servidas com a cerveja a borbulhar.
No mar é que não vê diferenças. Belo e incansável como sempre. E fica a olhá-lo como se o presente fosse duradoura maresia.
Pois é...e é olhando os outros que nos lembramos que o tempo também passou por nós, porque por dentro continuamos sempre meio criança, meio jovem, mas não nos vemos com a imagem que o espelho nos devolve. A mim acontece-me isso.
ResponderEliminarBeijinhos e boas férias, se for caso disso:))
Isso mesmo, Isabel. Eu não diria melhor, mas é o que sinto.
ResponderEliminarBeijinhos e boas férias de tantos horários a cumprir!
Tudo muda menos o mar. A Vida em movimento! :)
ResponderEliminar.
O sonho realizado ...
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Beijos e uma excelente semana, quer seja de férias ou de trabalho.
Cheguei 🌻
Olá, Cidália. Infelizmente o mar também muda por causa das alterações climáticas.
ResponderEliminarBom e poético regresso e que os sonhos se vão realizando.
Beijinhos
Tudo vai mudando, menos o mar...
ResponderEliminarExcelente crónica, gostei de ler.
Bom fim de semana, amiga Maria Dolores.
Beijos.
Olá, Jaime. Também mudei por uns dias, por isso, só agora respondo.
ResponderEliminarContinuação de boa semana.
Um abraço