sexta-feira, 15 de maio de 2015

Onde estávamos enquanto as rosas floriam?

 
Nos últimos dias, o tema mais abordado no nosso país talvez tenha sido a violência entre jovens. Locais como Figueira da Foz (onde um rapaz foi agredido por um grupo com estaladas e murros durante quase quinze minutos) ou Salvaterra de Magos (onde houve um homicídio de um jovem de 14 anos, sendo o principal suspeito um rapaz de 17) figuraram mais nos media e redes sociais do que na última década, por certo.

Muitas mais foram as situações de violência que conhecemos ou de que ouvimos falar nas nossas ruas, nas nossas escolas, etc.

A violência, por si, já choca; quando é extrema repugna e assusta  ainda mais.

E onde estavam os pais, a família, a sociedade em geral enquanto os jovens cresciam? Para não falar dos diretores das televisões que procuram o lucro a todo o custo; dos governantes que se agarram aos seus lugares, semeando mentiras, cinismos, falsidades e outras violências?

Somos todos um pouco responsáveis pelos estalos que foram dados ao pobre rapaz indefeso. Ao mesmo tempo foi como se todos apanhássemos esses estalos por muitos terem andado demasiado ocupados ou demasiado distraídos. 

Agora, muitos espinhos das rosas entram cada vez mais em confronto. Muitos adultos - os mais diretamente ligados aos protagonistas de casos graves de violência - reconhecem os erros, manifestando a intenção de proceder de modo a evitá-los daí para a frente; outros, porém,  justificam-nos pelas diferentes violências que grassam no mundo. Como se fossem uma inevitabilidade. Talvez ajam assim para não se picarem ainda mais. 

Há tanto a fazer ainda!

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