Perante problemas humanos (alguns de difícil resolução), muitas vezes me interrogo sobre o valor de fazer outras coisas para além do trabalho obrigatório quotidiano.
E eu que,
francamente e sem falsas modéstias, não me acho exemplo para quase ninguém,
seria menos feliz se não alimentasse este meu blogue, se não escrevesse umas
pequenas histórias, se não fizesse uns pequenos trabalhos em crochet que gosto
de partilhar, se não fizesse com que o meu quintal frutificasse (obrigada,
Rosa, pela sua preciosa ajuda!). Para além, claro, de estar com a família, com
os amigos, de ir (tão poucas vezes!) ao cinema, de andar a pé (outras tantas
poucas vezes! Filhas, prometo que vou andar mais!). Para além de ler (e tantas
vezes a marca estaciona numa página e fica, fica…).
Ontem, fui a um
velório de uma pessoa ainda nova (ter menos de sessenta anos é, para mim,
ser-se ainda novo!). E, ao lado das conversas de circunstância, de reencontros
(pena é só nos encontrarmos nestas alturas!) deu, mais uma vez, para pensar na
efemeridade da vida, nos laços que vamos prendendo e desprendendo ao longo da
nossa existência (há quem diga que é mera passagem e, se calhar, tem razão!).
Também a
velhice, penso eu, é mais amena quando se tem um hobby. O tempo não pesa tanto
e para os outros o peso torna-se mais leve.
Eu, que
raramente tenho certezas, acho mesmo que começar e concluir um pequeno objeto
de arte (por que não?), reutilizando, às vezes, muito do que se tem em casa e
muito do que se passa perto de nós pode ser um bom parêntesis para encaixar
noutras realidades.
Depois da promessa às tuas filhas, que acabo de testemunhar, vou ficar à espera, (espero que não tenha que ser sentada), de companhia para as caminhadas.
ResponderEliminarBjs A.V.
Então, lá terá de ser, não é verdade?
ResponderEliminarO que vale é que já acabei de corrigir os testes.
Mas faltam trabalhos, avaliações...
Não, não estou a encontrar razões! Prometo, mas não juro, porque dizem que quem jura muito mente!
Beijinho
M.