Durante muitos anos, fui professora de francês.
No início de um ano letivo, numa das primeiras aulas, uma
aluna perguntou-me:
- Como se diz dióspiro em francês?
Fiquei sem resposta porque, de facto, não me lembrava ou
não sabia.
Disse-lhe que não podia responder, mas que, na aula
seguinte, lhe diria.
Resposta dela quase imediata:
- Todos os anos pergunto como se diz dióspiro em francês
e até agora nenhum professor me soube responder!
É claro que fiquei com menos vontade de procurar a
palavra no dicionário para, no dia seguinte, alegremente, a informar.
Hoje lembrei-me desta peripécia, quando vi os dióspiros
no prato e ouvi o ministro da Educação a afirmar que quer que os professores do
Ensino Básico se submetam a mais exames. É um pouco como a aluna que atira a
pergunta para ver a reação.
Ou será que em comum existe apenas o tempo dos dióspiros?
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