No cemitério, muitas mulheres arranjavam as flores, enfeitavam as jarras, carregavam baldes de água, esfregavam as pedras, varriam as folhas, apanhavam os caules cortados e caídos...
E, despachadas, pensavam nos mortos e tinham pressa para irem cuidar dos vivos.
E ainda falavam umas com as outras. Das flores que trouxeram, do trabalho que os filhos não têm, da doença exigente dos pais, dos problemas quezilentos com os vizinhos, do tempo mais frio de outono...
Num espaço de morte, pulsava pujante vida.
Apesar de muitas diferenças, parecia que Almodóvar tinha passado por ali. Ou então por lugar muito semelhante.
Volver - Penélope Cruz
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